Comércio de Maringá acredita que Natal 2018 será o melhor dos últimos quatro anos. Consumidores pretendem gastar mais e pagar à vista

  • Comerciantes de Maringá estão animados para o Natal de 2018. Pelo menos é o que diz uma pesquisa com 130 lojistas realizada pela Associação Comercial e Empresarial (ACIM), que aponta que 73% dos lojistas esperam vender mais neste fim de ano. O percentual de 2018 é o maior dos últimos quatro anos.

    Em 2017, 57% dos lojistas tinham a expectativa de vender mais que no ano anterior, em 2016 eram 39% e em 2015 ficou em 36%. O clima de otimismo deve refletir na geração de empregos, já que no fim de outubro e começo de novembro metade dos entrevistados (51%) afirmaram que pretendiam contratar funcionários extras. 

    Para o lojista e membro do Conselho Fiscal do Sindicato dos Lojistas do Comércio Varejista e Atacadista de Maringá, Luiz Antônio Domingues, esse é um dos indicíos do fim da crise econômica no Brasil.

    “Não acredito que vamos ter uma explosão de vendas, mas com certeza vai ser bem melhor do que vinha sendo nos últimos anos. Na minha loja, no último mês, já percebi aumento de 15% a 23% nas vendas”, avalia Domingues.

    A expectativa dos empresários maringaenses vai de encontro ao resultado de uma pesquisa da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), que aponta que este deve ser o melhor natal dos últimos quatro anos, com base na intenção de compra por parte dos consumidores.

    O levantamento mostra que 81,7% dos paranaenses pretendem comprar presentes para comemorar a data. Em 2017, 76,5% dos consumidores tinham a intenção de comprar, em 2016 foram 75,5% e em 2015 o percentual foi de 77%.

    A animação dos compradores vem sendo percebida aos poucos, já que uma alta de 5,83% nas vendas do comércio foi sentida no terceiro trimestre de 2018, conforme apontado na Pesquisa Conjuntural da mesma Fecomércio-PR.

    Ainda segundo a pesquisa sobre intenção de compra, a maior parte dos consumidores (71,2%) pretende dar presentes para até cinco pessoas. Os que querem presentear entre 6 e 10 pessoas são 26,7% e apenas 2,1% pensam em comprar presentes para mais de 10 pessoas.

    Este Natal também será o melhor dos últimos quatro anos quando analisados os valores que os paranaenses pretendem gastar. A média, para a compra de todos os presentes, deve ser de R$ 312,25. Em 2017 o valor foi de R$ 240, em 2016 de R$ 292,50 e em 2015 de R$ 256.

    Para a Fecomércio PR, o aumento na intenção de compras é um reflexo da confiança dos paranaenses em relação à economia. Durante a pesquisa, os participantes foram questionados se acreditavam que a economia brasileira deve melhorar em 2019 e 75,6% deles respondeu que sim.

    O pagamento à vista deve ser a escolha de 54,3% dos consumidores. Desses, 30,1% devem pagar com dinheiro e 24,2% no cartão de débito. O cartão de crédito para o vencimento deve ser a escolha de 13,5% dos consumidores.

    Já as compras parceladas no cartão devem ser a escolha de 30,8% dos compradores, enquanto 1,4% apontou o crediário e os boletos como forma de pagamento. Essa tendência também é percebida em Maringá.

    “A crise ensinou muito, tanto para consumidores quanto para empresários e já notamos que a maioria das pessoas pretende pagar as compras à vista”, diz Domingues. Para ele, os consumidores não querem mais ficar em dívidas e o comércio também prefere compradores disponíveis para novas compras.

    Comércio começou a abrir à noite

    Em busca de incentivar os consumidores a fazer compras nas lojas de rua, o comércio de Maringá está de portas abertas até mais tarde. Na primeira semana de dezembro, até dia 7/12, as lojas funcionam até as 20h. A partir de 10 até 21/12, o horário de atendimento vai até as 22h. Durante o mês, todos os sábados serão de comércio aberto até as 18h.

    Para o conselheiro do Sivamar, as lojas em funcionamento até mais tarde devem aumentar o movimento no comércio de rua mais perto do Natal. “As lojas abertas até mais tarde e a decoração do Maringá Encantada vão atrair muitas pessoas das cidades da região e isso deve influenciar no resultado final”, acredita.

    A iniciativa é para ampliar as opções aos consumidores. Ainda de acordo com a pesquisa da Fecomércio, 34% pretendem fazer compras nos shoppings, 27% no comércio de rua durante o dia e 6% à noite, mas para 24% dos consumidores o local é indiferente.  

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