A Convenção Coletiva de Trabalho do Comércio entre o Sindicato dos Lojistas do Comércio Varejista e Atacadista de Maringá (Sivamar) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Maringá (Sincomar) estabeleceu, além do reajuste salarial de 4% da categoria, que neste final de ano o comércio passa a ficar aberto até as 22h a partir do dia 10 de dezembro.
Outra novidade da convenção 2018/2010 é que as sextas-feiras que antecedem o Dia das Mães e o Dia dos Pais as lojas de rua ficarão abertas até as 21h. Na véspera da Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais, os lojistas podem convocar, excepcionalmente, toda a equipe em regime de jornada extraordinária.
A abertura do comércio aos sábados até as 18h ficou mantida para os dois primeiros sábados de cada mês, mas também há a possibilidade se abrir todos os sábados, desde que haja revezamento de equipe.
Para os comerciários, as horas trabalhadas nos dias especiais de final de ano, as horam serão compensadas nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro de 2019, quando as lojas abrem das 13h às 18h. No dia 6 de março, quarta-feira de Cinzas, as lojas funcionam das 12h às 18h e na terça-feira de Carnaval, 5 de março, o comércio estará fechado.
Confira os horários de funcionamento do comércio
- 3 e 7 de dezembro das 10h às 20h
- 10 a 21 de dezembro até as 22h
- 24 e 31 de dezembro até as 18h
- 23 de dezembro das 10h às 16h (abertura neste dia será uma decisão de cada loja)
Reajuste dos salários também foi acertado
A convenção coletiva também definiu reajuste de 4% aplicado sobre os salários dos trabalhadores de junho de 2017. Os empregados admitidos após 1º de junho de 2017 terão os salários corrigidos de acordo com o tempo de serviço. O reajuste é retroativo a junho, data-base da categoria. As diferenças serão pagas nas folhas de outubro e novembro.
Com a convenção assinada, o menor salário do comércio para iniciantes sem experiência comprovada em Carteira de Trabalho ficou fixado em R$ 1.229,00. O maior salário é de R$ 1.433,00 e garantia de comissionistas, caso as comissões não atinjam esse valor. A função de açougueiro teve piso estabelecido em R$ 1.663,00.
Sindicatos avaliam que acordo beneficia os dois lados
Segundo o presidente do Sivamar, Ali Wadani, o acordo “foi bom para ambos os lados”. De acordo com ele, o reajuste em Maringá ficou acima da média paranaense que é de 3,6%. “Existe um ganho real e o comércio, de uma maneira geral, tem condição de absorção”, disse ele.
Apesar deste ano ter sido um ano fraco para o comércio, na avaliação de Ali Wadani, a expectativa é que as vendas aumentem em 10% neste período de festas de fim de ano. “A crise que está praticamente há quatro anos, arrastou a gente também”, afirmou ele, que acredita na melhora do comércio para o próximo ano.
“No Brasil, estava muito difícil há dois anos. Esses dois anos agora parece que conseguimos equilibrar a economia e, equilibrando a economia, vai embora. O próximo governo vai pegar um país com poder de melhora, enquanto que há dois anos havia uma negativa no PIB ruim para todo mundo”, afirmou.
Para o presidente do Sincomar, Moacir Paulo de Morais, o acordo fechado entre as duas entidades é positivo, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em junho era de 1,76% e no acordo foi fechado um reajuste acima do índice. Ele também avaliou como positiva a abertura das lojas até as 21h nas sextas-feiras que antecedem o Dia dos Pais e das mães.
“É uma reivindicação antiga por conta do movimento dos dias que antecedem essas datas. A gente vê como uma oportunidade para que o comerciante intensifique as vendas e um benefício aos trabalhadores que receberão essas horas extras”, afirmou o presidente do Sincomar.
Empregados de supermercados estão sem acordo
Moacir de Morais também disse estar preocupado com os trabalhadores dos supermercados da cidade, ligados ao Sincomar. Segundo ele, não houve acordo da categoria com a entidade que representa os supermercados e os trabalhadores estão sem convenção coletiva desde junho de 2017. Com isso, os empregados também estão sem reajuste salarial desde 1º junho, quando venceu a data-base da categoria.
Sem acordo entre as duas partes, não há definição de como os supermercados irão funcionar no período das festas de fim de ano. “Infelizmente, a convenção seria um instrumento que regularia essa situação. Como não existe mais a convenção coletiva, está essa bagunça, que cada supermercado determina seu horário de acordo com sua conveniência”, disse Morais.
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