Fato consumado: desde quarta-feira, Maringá não tem mais um terminal de cargas aéreas alfandegado. O Diário Oficial da União publicou no último dia 8 o Ato Declaratório Executivo do superintendente da Receita Federal da 9ª Região Fiscal, Luiz Bernardi, considerando desalfandegado o Terminal de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de Cargas.
O pedido foi feito pela administradora do Teca, a Multilog Maringá Armazéns Gerais Ltda, por inviabilidade financeira. O terminal foi alfandegado em 12 de junho de 2009 e até setembro daquele ano já havia recebido cinco cargas. Um deles, um Boing 767-200, com 30 toneladas de equipamentos eletrônicos vindos de Miami. O último foi em 2016.
A Multilog também já protocolou junto à Receita Federal de Maringá solicitação para encerrar as atividades do Centro Logístico e Industrial de Maringá (Clia), o antigo Porto Seco, pelo mesmo motivo: inviabilidade econômica e acúmulo de prejuízos. A formalização do pedido foi no dia 16 de junho, depois de tentativas de vender a empresa aduaneira.
A Multilog tem sede em Itajaí e, além da unidade de Maringá, possui outras oito Estações Aduaneiras do Interior (Eadi) no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ela comprou a unidade de Maringá em outubro de 2016 e, ao colocar o Clia a venda, pediu R$ 3,7 milhões, mas nenhuma oferta de compra atendeu as expectativas.
Os problemas financeiros na Eadi local começaram quando, em 2011, por iniciativa de outros Estados, um decreto do governo do Paraná foi considerado inconstitucional. Pelo decreto, importadores que usassem importadoras instaladas em Maringá, Marialva, Sarandi e Paiçandu pagavam 20% do ICMS à vista e parcelavam o restante em 48 vezes.
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