Com mais de 50 palestras e workshops sobre tecnologia e inovação, Ticnova será de 23 a 26 de agosto em Maringá

  • Ninguém está alheio as inovações e ao mercado de tecnologia. Empresas, órgãos públicos e cidadãos comuns precisam de ferramentas tecnológicas que facilitem os negócios, mas que também gerem bem-estar social. Esse é um dos conceitos do Ticnova, um dos maiores eventos voltado para o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do sul do país, que ocorre em Maringá de 23 a 26 de agosto.

    Serão mais de 50 palestras e workshops, além de uma oportunidade para trocar experiências com o público que respira tecnologia e está envolvido no mercado de TIC. “O objetivo é fomentar essa movimentação de setores da área de TIC e de pessoas que vivem disso. Na verdade, todos os setores vivem de tecnologia e comunicação, como varejo, indústria, agronegócio e outros”, diz uma das organizadoras do evento, Regina Acutu.

    Organizado pela Software by Maringá, o Ticnova deste ano está na sexta edição. No ano passado, cerca de mil pessoas participaram do evento e a expectativa é que o público deste ano fique no mesmo patamar ou seja ainda maior. Uma prévia do Ticnova foi realizada no sábado (4/8) nas redes sociais do evento.

    Para abarcar empreendedores em TIC, startups, profissionais da área e empreendedores de outros setores, a organização ampliou as palestras para temas de interesse geral. A programação do Ticnova foi separada em trilhas específicas:

    • Trilha Biz: Palestras e workshops voltados para os negócios de TIC, melhoria de processos, aumento de mercado e setores como varejo, serviços e agronegócio
    • Trilha Startup: Palestras e workshops voltados ao estímulo e evolução de ideias inovadoras e que possam se tornar produtos ou serviços
    • Trilha Dev: Palestras e workshops voltados para pessoas que trabalham com tecnologia na região, com foco mais técnico
    • Trilha Wamps: Palestras e workshops voltados para a melhoria do processo de software, de serviços e de gestão

    Serão mais de 50 horas de palestras durante os três dias do evento. Segundo a organizadora Regina Acutu, os participantes não precisam participar de uma trilha específica e podem assistir palestras de trilhas diferentes. As inscrições e a compra dos ingressos podem ser feitas no site do evento.

    A organizadora diz que o Ticnocva também é pensado para quem não entende muito de tecnologia mas quer se aventurar na área.“ A gente colocou várias palestras diferentes para ter essa possibilidade de graus diferentes. Nas áreas de programação, tem desde palestra para iniciante até para quem está mais avançado.”

    De acordo com Regina, o evento é diverso e discute desde tecnologias voltadas para o agronegócio, economia criativa, cidades inteligentes, propósito nas empresas até combate de crimes cibernéticos. Para ela, esses assuntos auxiliam os participantes a pensarem na tecnologia como facilitadora e que precisam se atualizar constantemente para as novas ferramentas do mercado.

    “Algumas pessoas têm a falsa ideia de que a tecnologia vai tirar empregos, mas na verdade, surgem cada vez mais novas demandas para soluções que não existiam. Há um tempo atrás, por exemplo, não existia demanda por motorista de Uber. A partir de agora, toda empresa vai ser de alguma forma relacionada a área de TI”, afirma Regina.

    Diretor de tecnologia da Prefeitura de Olinda vem

    Cláudio Nascimento é um dos palestrantes do Ticnova 2018 (Imagem/Arquivo pessoal)

    Cláudio Nascimento é formado em administração de empresas, sistemas de informação e cursa marketing. Ele é vice-presidente da Rede Brasileira da Cidades Inteligentes e Humanas e há oito anos ocupa o cargo de diretor de tecnologia da Prefeitura de Olinda (PE).

    Nascimento também é conselheiro do Porto Digital de Recife, um parque tecnológico urbano que reúne 304 empresas de tecnologia na capital de Pernambuco, entre as quais a Motorola e a Microsoft. O faturamento anual do parque gira em torno de R$ 1,7 bilhão.

    Durante o Ticnova, Cláudio Nascimento vai compartilhar as experiências na Prefeitura de Olinda e como espaços urbanos degradados de Recife foram transformados no Porto Digital, que já se tornou referência mundial.

    O parque tecnológico surgiu há 18 anos e tinha como objetivo atrair empresas para Recife e traçar estratégias para que os estudantes que se formavam em tecnologia continuassem na cidade.

    “Vou falar dessas intervenções municipais que fizemos e de como a gente consegue trabalhar esse lado empreendedor e pensar local mas agir global. Fazer essa provocação para que esses meninos permaneçam e contribuam para o desenvolvimento local”, afirmou Nascimento na manhã desta quinta-feira (9/8).

    Ele também vai abordar o conceito de cidades inteligentes sob uma ótica da visão humana. Para ele, toda cidade pode ser inteligente, basta existir uma harmonia entre o meio acadêmico, o poder público e o cidadão, o que Nascimento chama de tríplice hélice.

    “Não cabe mais trabalhar tecnologia por tecnologia. A gente tem que se preocupar com as pessoas. Por que não se preocupar com as pessoas que geram os dados?”, questionou.

    Fundadora de startup e o DNA empreendedor

    Tânia Luz é fundadora da satartup “33 e 34” (Imagem/Arquivo Pessoal)

    Tânia Gomes Luz é formada em administração de empresas e fundadora da startup “33 e 34”, uma loja virtual que vendia sapatos para mulheres que usavam tamanho 33 e 34. Em 2016, ela decidiu abrir uma loja física na capital paulista, onde mora, porém encerrou o negócio em maio deste ano.

    Tânia diz que continua empreendedora e já pensa em outro formato de negócio, porém não quis revelar mais detalhes. Ela também é diretora de diversidade da Associação Brasileira de Startups, onde discute o papel das mulheres e outras minorias no mercado.

    No evento, Tânia vai falar sobre inovação, mercado de e-comerce e as experiências que teve durante a operação da “33 e 34”. Ela afirma que não pretende “glamorizar o empreendedorismo” e que será uma palestra prática, com dicas sobre investimento e gestão dentro do negócio.

    “Vou contar como é a realidade de um negócio, seja ele uma startup ou não, e as dificuldades que tive que enfrentar”, disse, por telefone, nesta quinta-feira.

    Tânia Luz também vai trocar experiências com os participantes sobre encerramento da startup.“O fim do negócio não significa o fim da vida de empreendedor. As vezes a gente fica com medo de fechar o negócio, mas o DNA empreendedor não está no negócio que montou, mas em você”, afirma.

    Serviço

    O que:  Ticnova, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do Sul do país.
    Quando: 23 a 26 de agosto de 2018.
    Onde: Sebrae, Av. Bento Munhoz da Rocha Neto, 1116 – Zona 7, Maringá.
    Valores:  Os ingressos à venda no site custam de R$ 272 (mais R$ 27,20 de taxa para associados) a R$ 448 (mais R$ 44,88 para não associados).

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