Cris Pinzan, Jéssica Ivi, Fernanda Sordi Michels e Marcela Borges. Se você acompanha o Instagram, com certeza viu alguma postagem destas personalidades de Maringá que conquistam cada vez mais seguidores na internet. Junto com a popularidade, elas se tornaram influenciadoras digitais e, atualmente, ganham dinheiro com o marketing digital.
O investimento dos patrocinadores se justifica em números. Juntas, elas têm 302.900 seguidores do Instagram. As postagens na rede social, aliadas a publicações em mídias digitais ou convencionais, garantem patrocínios até para os animais de estimação.
A equação que atrai as empresas é simples, quanto mais seguidores a personalidade tiver, maior o poder de mídia que ela tem. Os influenciadores digitais passam então a ser um grande aliado para as marcas, principalmente no segmento da moda. A cada post, elas são capazes de influenciar os fãs em opiniões, posicionamentos e nas compras.
Conheça as influenciadoras digitais de Maringá
Jéssica Ivi
Tema: Moda e vida pessoal
Seguida, simplesmente, por 120 mil pessoas no Instagram, Jéssica Ivi trabalha como influenciadora desde 2010. Começou falando sobre moda e com a repercussão que ganhou, passou a falar sobre sua vida pessoal. “As pessoas se interessam em saber mais sobre a minha vida, meu processo de aceitação do peso. Quando eu comecei o blog, foi por incentivo das amigas que me viam como uma referência”, explica.
Nascida no estado de Rondônia, Jéssica veio para Maringá ainda pequena. Uma das causas que defende e gosta de falar em seu Instagram é sobre os animais e a adoção de cachorros. Ela mesma adotou três, Beli, Chille e Fantasma, que também ganharam patrocinadores e vivem recebendo mimos.
Ela acredita que o fato de ser fora dos padrões exigidos pela sociedade é o que mais chama atenção dos seus seguidores. Ela também não se vê como uma influenciadora. “Não sei se me vejo assim (influenciadora digital). Acho que mais ajudo as pessoas. Meus seguidores me mandam muitas perguntas e eu estou sempre tentando ajudá-los com as minhas respostas.”
Jéssica, que usa manequim 46 e 48 é modelo curvys, título dado para modelos com corpo curvilíneo. Ela trabalha com duas agências de modelo, uma em São Paulo e outra em Londres. Diz que não fatura menos que R$ 3 mil por mês e ganha muitos presentes. A modelo é patrocinada por empresas como Swarowski, Recco, O Boticário e Alto Giro.
Dica
“Nesse mundo é importante ter autenticidade. Se você for fiel ao que você acredita, no que gosta de fazer, não tem erro. Não se preocupe com números, se você atingir uma pessoa, eu já considero um grande sucesso”.
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Marcela Borges
Tema: Life Style
Há 8 anos no mercado, Marcela Borges, formada em moda e influenciadora digital maringaense, possui 70,4 mil seguidores em seu perfil do Instagram. Ela fala um pouco sobre saúde, moda, alimentação e dá dicas para as seguidoras.
Ela tem de 25 a 30 patrocinadores constantes, além de parceiros para ações pontuais. Segundo Marcela, a vida de influenciadora precisa de muita dedicação. “Segunda-feira eu tiro apenas para as reuniões. O restante dos dias são voltados para as gravações e fotos”.
Há oito anos, quando começou com um blog, ela fazia tudo sozinha. Agora a influenciadora possui uma empresa de assessoria que trata a parte de relacionamento com os clientes, negociação e recebimentos. Conta também com um profissional para a parte gráfica, outro para as fotos e mais uma pessoa só para os vídeos.
Marcela diz que seu faturamento médio supera os R$ 15 mil. “Como qualquer outro negócio, tem meses que são melhores do que outros, mas esse é nosso faturamento mínimo”. A influenciadora coleciona patrocinadores importantes como a marca de óculos Rayban, O Boticário, Arezzo e Cia Marítima.
Dica
“Muitas pessoas acham que para ser influenciadora é para quem não quer trabalhar. Isso não é verdade. Ser influenciadora digital é um trabalho como qualquer outro. Não tem férias, é muito trabalhoso, tem que abrir empresa e saber bem o que quer”.
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Fernanda Sordi Michels
Tema: Moda
Seguida por 62,5 mil pessoas no Instagram, Fernanda diz que suas mídias sociais são muito mais do que moda. “O público feminino é uma colmeia de assuntos. Falamos sobre beleza, dica de saúde, decoração e tudo que tenha a ver com o universo feminino”, explica.
Jornalista com especialização em moda, Fernanda, aos 32 anos, está nas mídias sociais há quase quatro anos. Começou trabalhando na TV e quando terminou sua licença maternidade não quis mais voltar. “Eu queria ficar mais tempo com a minha filha, a TV tem um ritmo muito estressante. Estava cuidando dos negócios da família e resolvi começar a gravar vídeos no YouTube que é o que sempre amei fazer”, afirma Fernanda.
As gravações deram certo e seus vídeos começaram a chamar atenção na internet. Ela conta que há dois anos não conhecia o termo “digital influencer”. Descobriu depois que fez um trabalho com uma marca de lingerie e eles, ao postarem o conteúdo, usaram essa expressão.
Sua principal preocupação é passar para os seus seguidores mais do que moda. Ela quer ter um conteúdo interessante que agregue às pessoas. Fernanda diz que sua rotina é bem “louca”. “Tenho um escritório onde fico durante as tardes. De manhã fico com minha filha. Quando preciso viajar, levo ela comigo. Ela adora esse mundo. Desfila sozinha pela casa, vai ao salão comigo. É bem legal”, explica Fernanda que é mãe da pequena Angelina.
A influencer que precisou abrir empresa para trabalhar nessa área, fatura no mínimo R$ 5 mil por mês, fora tudo o que ganha de diversas marcas. Ela explica que é preciso estar preparada. “Muita gente entra nesse mundo achando que é glamour. Isso é um erro porque se você quer realmente influenciar, você tem que ter conteúdo, saber passar informação, falar, se portar. Tem que se preparar”.
Dica
“Eu diria para estudar. Não ficar só na imagem, não entrar no banal. Precisa falar da sua realidade, da sua vida, não ir na onda de outras pessoas. É importante respeitar o que você sente”.
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Cris Pinzan
Tema: Moda e Bem-estar
Com 50 mil seguidores no Instagram, Cris Pinzan é jornalista e consegue aliar a TV e as mídias sociais em seu trabalho. “Quero passar informação de qualidade para quem me assiste. Ir além da moda e das dicas de bem-estar, influenciar pessoas com aquilo que eu realmente acredito. Prezo pela verdade e pela sinceridade em cada vídeo que faço”, explica.
A hoje, influenciadora, costumava trabalhar com comunicação empresarial e largou tudo para fazer o que realmente amava: vídeos. No começo, ela ia nas lojas e produzia conteúdos de moda e bem-estar. O sucesso foi tão grande que uma TV a chamou para transmitir seu quadro e logo depois, a Rede Massa a convidou, onde está até hoje.
Cris é a prova viva de que para ser influenciadora é preciso muito trabalho. Ela mesma administra sua carreira com sua empresa de comunicação, que hoje conta com quatro pessoas: um fotógrafo, um assistente e dois cinegrafistas.
“Quase não tenho rotina. Tiro a segunda-feira para fazer a programação toda e procuro executá-la no decorrer da semana”, conta Cris que viaja pela região atendendo aos clientes. Preocupada com a qualidade dos materiais, faz questão de fazer todo o processo de pauta, roteiro e edição.
A influenciadora não quis revelar quanto ganha, mas diz que vive disso e está contente com o que recebe. É patrocinada por cerca de 15 marcas, algumas delas são o Maringá Park Shopping Center, a empresa de joias Ornato’s, a Amafil e a Titanium Jeans.
Dica
“A principal dica que dou para quem quer ser influenciadora é para que primeiro, se conheça. Digo isso porque é importante não correr o risco de expor uma pessoa que você não é. A exposição exige maturidade”.
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