GTFoods Group não abateu nenhum frango nesta quinta-feira (24/5) na planta de Maringá e nem vai abater nesta sexta-feira (25/5). Também reduziu a produção nos outros quatro frigoríficos do grupo – três no Paraná e um em Santa Catarina.
O motivo é a interrupção na logística, tanto de transporte de aves vivas para abate como da carne para os supermercados e exportações, causada pelos bloqueios rodoviários promovidos pelos caminhoneiros em greve.
Ainda mais grave, segundo o presidente do grupo, Ciliomar Tortola, é o risco de morte por de fome de 33 milhões de frangos, criados nas 1,3 mil granjas associadas. “O milho e a soja não estão chegando na fábrica de ração e a ração não está chegando nos produtores”, disse.
A GTFoods, quarto maior produtor de carne de frangos do Brasil, abate 650 mil aves por dia nas cinco plantas. Exporta para cerca de 100 países e se a greve dos caminhoneiros continuar, Tortola observa que deverá parar toda a produção e corre o risco de não cumprir os contratos internacionais.
Dos 10 mil funcionários do grupo, 2,3 mil estão na unidade de Maringá, sendo que 1,9 mil foram dispensados das jornadas desta quinta e sexta-feiras. “Se os bloqueios continuarem, os abates serão paralisados em todas as plantas na segunda-feira”, adiantou a assessoria de imprensa.
O presidente da GTFoods reconhece o direito de reivindicação e mobilização dos caminhoneiros, mas faz um apelo ao bom senso para os bloqueios não prejudicarem a alimentação dos frangos. “São animais vivos, que precisam comer para não morrer de fome”.
A legislação também prevê a obrigatoriedade dos produtores zelarem pelo bem-estar animal. “Se continuar assim, o mercado vai acabar ficando sem carne de frango”, alerta Tortola, que concedeu entrevista para Rede Massa.
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Veja a íntegra da nota emitida pela GTFoods Group nesta quinta-feira:
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