Os estoques dos postos de combustíveis de Maringá estão baixando rapidamente e, segundo os seus proprietários e gerentes, devem secar em dois dias no máximo, dependendo da corrida dos consumidores que nesta quarta-feira (23/5), aproveitando o horário de almoço, fizeram filas para encher os tanques de seus veículos.
Por outro lado, nos trilhos da linha férrea que margeiam o Pátio de Inflamáveis, na divisa com Sarandi, nesta tarde haviam 18 grandes tanques, com capacidade para transportar de 65 mil a 44 mil litros cada um, cheios de gasolina e óleo diesel puros. O problema é que não tem álcool anídrico nem biodiesel para a mistura, de 28% e 10% respectivamente.
Sem a mistura obrigatória, os combustíveis não podem ser revendidos aos consumidores. O anídrico e o biodiesel não chegam ao Pátio de Inflamáveis devido aos bloqueios rodoviários promovidos pelo movimento dos caminhoneiros, principalmente nas proximidades do CPA Armazéns Gerais, na Gleba Ribeirão Aquidaban, estrada velha entre Sarandi e Marialva.
O CPA comercializa todos os tipos de combustíveis, inclusive álcool anídrico e biodiesel, e segundo o seu diretor comercial, Marco Orozimbo, desde terça-feira (22/5) à tarde, os bloqueios de caminhoneiros nas estradas vicinais e rodovias da região, levaram à paralisação total de entrada e saída de caminhões na empresa.
No Pátio de Infamáveis, segundo funcionários, “o estoque pronto está baixo, quase no fim”. A direção do pool de combustíveis, que abriga as distribuidoras da Shell e BR, preferiu não se manifestar. O pool é responsável pelo abastecimento de combustíveis de parte do Mato Grosso do Sul e das regiões de Foz do Iguaçu e Cascavel, além do noroeste paranaense.
Se, por um lado, os combustíveis não estão chegando nos postos de revenda, na outra ponta estão saindo em velocidade dobrada. “O movimento desde terça-feira é o dobro do normal, disse o gerente do Posto Universidade, na Avenida Morangueira, José Pereira da Silva, por volta das 13h30, quando havia uma grande fila de veículos nas bombas.
O motorista Ricardo José disse que estava ali por conta das notícias de que existe a possibilidade de acabar o combustível e, como trabalha com o carro, achou melhor não arriscar. “Estamos aqui enfrentando mais uma fila para botar combustível no carro, aproveitar enuanto dá tempo”.
O mesmo sentimento, “medo de ficar sem combustível por causa da greve”, levou Clevenice Mazi ir ao posto. “A gente tem criança pequena em casa e nunca sabe quando vai precisar do carro”, justificou. A precaução, que tem feito as pessoas a encherem os tanques, certamente fará com que as bombas dos postos sequem mais rapidamente.
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