Em fevereiro de 2018, o saldo de empregos foi positivo em Maringá, com a criação de 603 vagas formais de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
No mês passado, foram admitidos 6.303 trabalhadores e trabalhadoras e demitidos 5,7 mil, restando um saldo positivo 0,43% ante o de janeiro. Somado ao saldo positivo obtido em janeiro, Maringá teve a maior geração de empregos do interior do Paraná.
O principal responsável pelo crescimento do índice é o setor de serviços, que criou 511 novos postos de trabalho. Também em alta, a indústria gerou 76 vagas e a construção civil mais 45.
Quem teve queda foram os setores de agropecuária (-17) e comércio (-12), que seguiram a tendência nacional.
Mais vagas para trabalhadores jovens
Microempresas tem papel de destaque na geração de empregos. Empresas com até 4 funcionários, criaram 334 vagas, já as que contam com 5 a 9 empregados, tiveram um saldo negativo de 92 vagas em relação a janeiro.
Empresas de médio porte, entre 50 e 99 empregados, também registraram um saldo positivo de 175 vagas, número próximo aos das empresas com mais de 1000 funcionários, com 140 novas vagas.
As empresas que têm entre 500 e 999 colaboradores, também tiveram um saldo negativo: perderam 31 postos de trabalho.
Em relação a idade dos contratados, as empresas tem apostado nos mais jovens. Foram 688 com até 24 anos, seguido por 96 contratações entre 30 e 39 anos e outras 66 entre 25 e 29 anos.
Todas as faixas etárias a partir dos 40 anos tiveram mais demissões do que contratações. Entre 50 e 64 anos, foi a faixa que teve o pior saldo: 125 demissões a mais. Depois, foram 90 demissões de trabalhadores entre 40 e 49 anos e 32 de pessoas com mais de 65 anos.
Portadores de ensino superior lideram
O grau de escolaridade foi importante fator para o saldo positivo de fevereiro, com a criação de 325 vagas para portadores de ensino superior completo, que representou um aumento de 41% em relação a janeiro.
Para portadores de ensino médio completo, o saldo foi parecido, com 313 novos postos de trabalho. Já para quem tem superior incompleto, foram 48 admissões a mais do que demissões.
Todos os níveis mais baixos de escolaridade registraram saldo negativo: ensino fundamental incompleto (-14), ensino fundamental completo (-36) e ensino médio incompleto (-23).
Codem estima injeção de R$ 94 mil
O relatório do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) estima que com a criação de novos empregos injetaram R$ 94 mil reais na economia maringaense em fevereiro, considerando o salário médio mensal na cidade.
A gerente-executiva do Codem, Yasmine Mendonça, explicou que a análise positiva é relacionada com o consumo das famílias, que tende a aumentar junto com o crescimento da renda.
“É um cenário favorável. O salário é a principal fonte de renda e se for destinado ao consumo há potencial de se multiplicar por meio da geração de novos empregos futuramento”, declarou.
Contudo, a executiva sugere cautela aos consumidores. “É importante que o consumo seja consciente para não gerar endividamento”, alertou Yasmine.
Nos primeiros meses de 2018 o saldo de empregos alcançou 1.275 vagas, maior número das cidades do interior do Paraná. Nos últimos doze meses, entre março de 2017 e fevereiro de 2018, são 957 novas vagas criadas.
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