Um centro de convenções de 4,197 metros quadrados, chamado Fashion Hall, um hotel nível quatro estrelas com 126 apartamentos e uma pousada, que junto com o shopping atacadista Shopping Paraná Moda Park – já em funcionamento -, vão compor um complexo de mais de 40 mil metros quadrados que será inaugurado no dia 9 março de 2018 em Maringá.
O Centro de Convenções Fashion Hall pretende trazer shows, palestras, workshops e até grandes congressos nacionais e internacionais. Embora a inauguração do centro de convenções seja em março, já no dia 18 de janeiro receberá o primeiro evento: a formatura dos alunos de Odontologia da Unicesumar.
Localizado no quilômetro cinco da PR-317, a Rodovia da Moda, o centro de eventos do complexo tem capacidade de receber até 4 mil pessoas em pé. Além disso, conta com cinco auditórios, que variam de 40 m² a 240 m².
O gerente de projetos do Fashion Hall, Danilo Augusto Rodrigues, explica que o empreendimento está em fase final de construção e acabamento e pertence a um grupo de investidores do Grupo Fávaro, de Maringá, e de um outro grupo de São Paulo. O hotel deve ficar pronto em janeiro do próximo ano e será operado pelo Grupo Nobile.
Explicou que o Shopping Paraná Moda Park manterá a a mesma estrutura, permanecerá continua atacadista, mas mudou a administração quando passou de Pérola Park para Paraná Moda Park. “Atualmente está com 100% das lojas em funcionamento e com lista de espera”, diz Rodrigues.
Segundo ele, “a intenção é inserir Maringá no ciclo de eventos nacionais, receber shows, formaturas e congressos. Ter um espaço para multi-eventos”. Alguns desses eventos, diz, serão nacionais, na área de medicina, “que até então Maringá não recebia por não ter estrutura”.
Rodrigues não quis revelar o montante investido no empreendimento, mas afirmou que “o o valor é alto e que a curto prazo é impossível de ter retorno”. Para ele, o espaço também é importante para outros setores da cidade, que devem ganhar com a chegada do empreendimento.
“O centro de eventos movimenta toda uma cadeia de comércios e restaurantes. Os turistas, tanto de negócios quanto de passeio, acabam gastando na cidade para alimentação e consumo”, afirma.
Além disso, observa, o empreendimento deve continuar movimentando a geração de empregos. Durante a obra foram criados 100 postos de trabalho diretos e 70 indiretos. Agora, para a operação do centro de eventos e do hotel, a estimativa é que sejam gerados mais de 70 empregos.
Para a inauguração já está sendo preparado um show nacional e outros eventos que o gerente não quis adiantar. “Estamos trabalhando ainda em cima do projeto e de fato a gente quer um grande evento para passar a ideia do porque estamos vindo”, diz.
Convention prevê impacto econômico
Um dos apoiadores do Fashion Hall é o Maringá e Região Convention & Vistitors Bureau, entidade sem fins lucrativos que reúne empresas dos mais diversos segmentos do turismo.
Para a superintendente executiva do Convention & Vistitors Bureau, Yara Linschoten, o Fashion Hall vem atender uma necessidade antiga da cidade.
“Nós estamos há algum tempo tendo dificuldade para receber congressos técnicos e científicos, por que temos que ter um espaço com grande auditório e espaço para cursos e mini-cursos. Hoje, se recebemos um congresso técnico a gente tem que adaptar todo o local”, comenta.
De acordo com Yara, o projeto vai facilitar as ações do Convention. “O trabalho é fomentar a ações na área de turismo de negócios, além de colocar Maringá como candidata para receber esses eventos”.
Para ela, o impacto econômico é outro fator que deve ser discutido. “Não adianta trazer o evento e não mensurar o impacto na cidade. A gente tem que medir o impacto econômico dos eventos na cidade”, diz Yara.
O Conventions tem no site uma ferramenta chamada “Eventômetro”, que atualiza constantemente os valores que Maringá está deixando de ganhar sem um centro de convenções desde o começo deste ano.
Até as 12h desta sexta-feira (24/11), a ferramenta já apontava um prejuízo de R$ 17,9 milhões para a cidade.
Segundo Yara, um dos grandes eventos da cidade é o vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM), quando o Imposto Sobre Serviços (ISS) dos hotéis aumenta e consequentemente a arrecadação do município também aumenta.
Em julho e dezembro do ano passado, períodos do vestibular, o ISS, arrecadação específica da área de turismo na cidade, foram os maiores índices de 2016. Em julho, o ISS ficou em R$ 386,2 mil e em dezembro R$ 336,8 mil.
Para Yara, com o Fashion Hall, o número de eventos grandes ocorrendo na cidade deve aumentar, o que também impulsionará o imposto relacionado a área turística e, assim, o ISS não ficará concentrado somente em eventos como vestibular e ExpoIngá.
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