Desde 2010, quando chegou a algumas empresas do Brasil, a Black Friday passou a ser aguardada pelos consumidores que adoram promoções. Atualmente, o dia de descontos, mexe com todo o varejo. As lojas de rua, shoppings e as lojas virtuais fazem de tudo para fechar o máximo possível de vendas.
Junto à fama de bons negócios, a data também ganhou um apelido pejorativo entre os brasileiros – “Black Fraude”. O apelido se originou por causa da “prática de maquiagem”, conhecida também como “metade do dobro”.
São os casos em que as lojas aumentam os preços antes da data do evento e, quando chega o dia, anunciam os produtos com falsos “superdescontos”.
A E-bit, empresa que mede a reputação das lojas virtuais, fez uma pesquisa e constatou que 38% dos consumidores não pretendem comprar na Black Friday por não acreditarem nos descontos, justamente, por desconfiarem da “prática de maquiagem”.
Mas independente do risco de golpes, a perspectiva é que mais gente vai gastar nesta sexta-feira (24/11). A E-bit prevê alta de 15% nas vendas em comparação a 2016.
Para ajudar os consumidores a fazer compras mais seguras, o Maringá Post reuniu dicas para ajudar você a não cair em golpes nesta Black Friday.
1- Evite cair na “prática da maquiagem”
Algumas plataformas online permitem que os usuários chequem o histórico de preços de um produto específico para saber se os descontos são reais. Assim, é possível descobrir se os preços foram alterados próximo da data para dar uma falsa impressão de desconto.
O site de comparação de preços Zoom disponibiliza gráficos no qual o consumidor pode visualizar o histórico de preços do produto nos últimos seis meses.
O EconoVia, especializado em eletrônicos, é outro site comparador de preços. Durante a Black Friday, eles cotam em tempo real, os preços de diferentes lojas. Também é possível filtrar os produtos pelos maiores descontos e cadastrar, e-mail ou facebook, para receber notificação quando o produto atingir o preço desejado.
2- Confira sempre se o site é seguro
Chega a Black Friday e provavelmente você notou que sua caixa de e-mail está lotada de promoções imperdíveis. Mas cuidado, podem ser criminosos enviando e-mails e anúncios falsos nas redes sociais.
Na internet nem tudo é garantia de verdade, muitos utilizam sites de e-commerce para golpes, e o que parecia ser vantajoso acaba trazendo dor de cabeça.
É possível verificar se a empresa realmente existe e acessar o histórico do fornecedor, como reclamações, no site www.consumidor.gov.br.
Além disso, para evitar que os consumidores caiam em golpes, o Procon-SP lançou neste mês uma lista dos endereços eletrônicos que devem ser evitados por terem grande número de reclamações. Algumas empresas continuam no ar. Confira a lista aqui.
Fique atento também com sites que aceitam apenas pagamento via boleto. No caso de fraude, a dificuldade para reaver o valor pago é grande.
3- Fique atento ao valor do frete
Outro ponto em que o consumidor deve prestar atenção é o frete. Muitas vezes o produto realmente está com um bom desconto. No entanto, na hora de fechar a compra, é cobrada uma taxa de entrega desproporcional.
A maioria das lojas cobram frete, que variam conforme o peso e tamanho dos produtos. Esse preço, se muito elevado, pode não compensar no final da compra.
No ano passado, o site ReclameAqui – que reúne queixas de consumidores – recebeu uma reclamação de um consumidor que acusa a loja online Kabum de cobrar uma taxa de entrega que ultrapassava R$ 400 dentro do estado de São Paulo.
4- Guardar os documentos pode ser garantia
Imprima os comprovantes de compra, com informações sobre o modelo, marca, valor e todas as especificações do produto, assim como a confirmação de pagamento para que possa confirmar seu pedido. Em caso de problemas posteriores, isso pode comprovar sua compra.
5- Se há suspeita de fraude, denuncie ao Procon
Ao notar alguma irregularidade, não deixe de denunciar para que seu problema seja resolvido e evitar que outras pessoas também sejam vitimas.
É possível usar a hashtag #ProconSPdeolhonaBlackFriday nas redes sociais, junto com as reclamações, desta forma, já serve de alerta para os outros consumidores em tempo real.
O site do Procon de Maringá oferece uma página com dicas para comprar com segurança e não ser enganado. O Ministério Público do Estado do Paraná (MP/PR) também fez uma página com perguntas e respostas para ajudar aos consumidores.
Em Maringá, você pode obter mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (44) 3293-8150.
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