Município vai gastar até R$ 3,47 milhões na compra de alimentos de agricultores familiares para merenda escolar

Doces da Agroindústria Familiar
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A Prefeitura de Maringá abriu edital de chamamento público para credenciamento de agricultores familiares e empreendedores rurais, enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para fornecer alimentos às escolas e Centros de Educação Infantil (CMEI). O prazo para o protocolo dos envelopes expira às 9h do dia 30 de novembro.

Ao todo, a prefeitura dispõe de pouco mais de R$ 3,47 milhões, destinados a compra de sete grupos de alimentos: frutas, hortaliças e temperos, legumes e tubérculos, carnes e peixes, panificados, sucos e complementos – são exatos 67 tipos de alimentos, dispostos nesses sete grupos.

Dentre os alimentos demandados pela prefeitura – que servirão de merenda às escolas -, estão 80 mil quilos de laranja pera, em um total de R$ 109,6 mil; 20 mil quilos de repolho, totalizando R$ 28,8 mil; e 30 mil quilos de carne moída (músculo congelado), totalizando R$ 483 mil reais. A outra variedade de carne que estará disponível para as crianças é tilápia – 10 mil quilos, em um total de R$ 300 mil

Os preços expostos no edital estão na média do preço de mercado – alguns acima e outros abaixo. O abacaxi, por exemplo, está com o preço do quilo 51,6% menor em relação ao preço de mercado. O pão caseiro, por sua vez, está próximo ao de mercado: R$ 11,81/ kg.

Maria Lúcia da Silva, 50, faz parte do programa de agricultores familiares e produz doces de banana, abóbora e goiaba, para fornecer às instituições municipais de ensino. De acordo com a produtora, o principal diferencial de seus produtos é a falta de conservantes. “Meus doces são feitos de maneira natural: temos a fruta e açúcar. Isso, para as crianças é muito melhor, não há prejuízos à saúde”, disse.

Maria Lúcia disse que o programa de compra para os agricultores familiares é importante para a manutenção das atividades. “Esse tipo de edital dá uma estabilidade para que a gente consiga continuar na vida no campo. A vida por aqui [no campo] não é fácil.Tudo o que você vai fazer tem uma demanda financeira muito grande. Estou a 10 km da cidade, o que dificulta muito as coisas. Um bom retorno financeiro é cada vez mais complicado” , explicou.

A agricultora ponderou ainda que os preços de seus produtos é bem competitivo em relação aos preços de mercado e que o valor de R$ 11,85 por quilo para os doces é satisfatório. “Ano passado entregamos praticamente de graça os produtos. Deram mais ou menos R$ 7 por quilo de doce. O valor deste ano está ótimo para a gente”.

O edital vale pelo período de 12 meses, prorrogáveis por iguais e sucessíveis períodos, desde que haja interesse de ambas as partes. Os recursos para a compra desses alimentos é proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).


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