Domínio de internet mais cobiçado de Maringá é ofertado em leilão; oferta já chega a R$ 50 mil

  • O domínio de internet mais cobiçado da cidade, o maringa.com.br está à venda. A maior oferta feita no leilão virtual, até o final da manhã de sábado (14/100, foi de R$ 50 mil. Até a tarde de sexta-feira (13/10), o maior lance foi de R$ 26 mil. O leilão foi aberto no dia 11/10 com preço mínimo de R$ 50. A tendência é que o preço irá aumentar, pois novos lances poderão ser ofertados até as 15 horas do dia 19 de outubro.

    Ao menos 23 empresas e pessoas físicas já manifestaram interesse em adquirir os direitos do maringa.com.br. Não estão disponíveis, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), as informações sobre quem teria feito ofertas para a aquisição do endereço eletrônico. Mas há nomes bem conhecidos dentro da concorrência.

    A Rádio Maringá FM Ltda, por exemplo, empresa do Grupo Maringá de Comunicação (GMC), se apresenta como um dos interessados na concorrência. Segundo informações apuradas pelo Maringá Post, o GMC teria feito, inclusive, em 2017, uma proposta para a aquisição do portal maringa.com, mas o negócio não foi fechado.

    Entre os concorrentes também está a Sergio Yamada Computação, empresa pioneira em Maringá, em treinamentos avançados em internet, com cursos de programação, administração de redes e gerenciamento de servidores.

    Há outras empresas ligadas a área de informática e até ao comércio de roupas que  participam do leilão: L&A Soluções Tecnológica, Maxximus Informática Ltda, Globodata Informação e Tecnologia Eireli, Ligue Telecomunicações Ltda, MGC Viagens e Turismo e Uppermen Comércio de Roupas Masculinas Ltda.

    Entre as pessoas físicas que manifestaram interesse na aquisição do domínio mais cobiçado estão Patricia Fragoso Maia Braga Soares, Gilmar Corrêa da Cunha Junior, Elizandra Batista da Silva Costa, Willian de Oliveira, Diéury de Lima Carvalho, Thiago Oizume, Fabio Cardoso Krambek, Fernando Luis de Carvalho, Fernando Riqueto, Paulo Gilberto Morais dos Santos Segundo, Wilton Hiroki Nagase, Benami Cubits, Paulo Eduardo Silva, e Leandro Lanceloti, sócio do Maringá Post.

    Domínio maringa.com.br já esteve no ar

    Na década de 90, nos primórdios da internet de Maringá, o empresário Marcelo Diniz Totola chegou a adquirir o domínio maringa.com.br e a colocar o site no ar. A empresa trabalhava com a venda e montagem de computadores e, de quebra, oferecia endereços de e-mail aos clientes.

    “Ele tinha muitos clientes. Eram professores e profissionais liberais. Lembro de ter comprado um computador dele e tive um e-mail com a extensão maringa.com.br”, afirmou o jornalista Cláudio Galleti.

    Questionado sobre o fim do site, Galleti não se recorda ao certo quando o site foi desativado, mas lembra que Marcelo era um bom profissional e um dos motivos que o teriam complicado nos negócios seria o avanço dos e-mails gratuitos.

    “Ele tinha noção de que era um domínio importante e tinha o interesse em prosseguir. Mas começaram a surgir grandes empresas que ofereciam e-mails gratuitos e isto pode ter complicado os negócios dele”, lembra o jornalista. No final da década de 1990, o ig.com.br e o bol.com.br ofereciam endereços gratuitos de e-mail e ganharam muito espaço no mercado.

    Independente de como a empresa de Totola deixou de existir, o provedor de e-mail deixou de funcionar e, pela falta de pagamento da anualidade cobrada pelo CGI.br, atualmente de R$ 40, a propriedade do domínio mais desejado atualmente em Maringá retornou para o CGI.br.

    A reportagem do Maringá Post tentou localizar o empresário, que teria mudado da cidade, mas ele não foi localizado.

    maringa.com.br pode ser chamado de domínio perfeito

    Com o crescimento do comércio eletrônico e da importância da internet na vida das pessoas, é praticamente impossível conseguir registrar o nome de uma cidade brasileira com a extensão .com.br.

    Embora existam diversas categorias de domínios oferecidas para registro pelo CGI.br – veja aqui a limpa completa – nenhum atingiu o uso em massa e reconhecimento público como a tradicional extensão .com.br.

    Diante desta situação, o maringa.com.br torna-se objeto de desejo de vários empreendedores digitais. E é muito provável que esta venha a se tornar a maior transação local de um domínio sem qualquer conteúdo.

    Leilão para domínios é novidade

    É a primeira vez que o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) abre um leilão para domínios com grande número de interessados. Até o último processo de liberação divulgado pelo CGI.br, por meio do portal registro.br, os domínios da internet que recebiam mais de um pedido de registro ficavam retidos.

    Segundo informações do CGI.br, apenas os domínios que foram colocados à disposição em sucessivos processos de liberação é que participam do processo competitivo. Os demais domínios, menos cobiçados, permanecem retidos até o próximo processo de liberação, dentro das regras antigas do CGI.br.

    De acordo com o CGI.br, o processo competitivo do maringa.com.br começou no momento em que foram constatados dois ou mais candidatos ao domínio. Em pelo menos 24h após o limite para as requisições, ou mais para que o final ocorra em dia útil, poderão ser feitas novas ofertas para substituir as já ocorridas. Resta saber quem dará mais?

    Reportagem atualizada às 12h30 de sábado 14/10 com a informação de que o maior lance subiu de R$ 26 mil para R$ 50 mil.

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