Os 32 municípios que fazem parte da regional de Maringá da secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento já semearam entre 25% e 30% dos 271 mil hectares previstos para o plantio de soja.
As informações são do chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Romoaldo Carlos Faccin. No Estado como um todo, a estimativa de plantio também gira em torno de 25%.
Apenas nos municípios onde os produtores começaram a semeadura mais cedo, como Itambé e Ivatuba, a área é maior e chega a 40% do previsto.
Para Romoaldo Faccin, as chuvas são positivas, no entanto farão com que o plantio se concentre em outubro. “A distribuição do plantio é benéfica no sentido de redução de riscos. Concentrar muito em uma época só não é legal”, observa.
Buva preocupa produtores
Uma preocupação relativamente nova para os produtores de soja é a crescente proliferação da buva, uma erva daninha que causa danos não só na região de Maringá, mas que afeta o Paraná inteiro.
A buva é uma invasora de difícil controle, principalmente quando o produtor não faz a rotação de culturas. “Quando você faz plantio direto efetivo não tem muito problema, agora quando temos um binômio de soja e milho, existe uma resistência ao controle”, explica Faccin.
Segundo ele, na maioria das áreas os produtores têm controlado a praga. Uma solução para combater a erva daninha é realizar a rotação de culturas: “Nas áreas mais infestadas é ideal entrar com braquiária ou plantar trigo e ir rotando as culturas”, sugere Faccin.
O combate à buva também pode ser realizado por meio de herbicidas, mas “é um problema para o qual estão buscando alternativas e a melhor é a rotação de culturas. Quando se planta sempre uma cultura só, a prática vai selecionando invasores e isso é normal”.
Produção alta, preços baixos
José Antônio Borghi, 57, presidente do Sindicato Rural de Maringá, já plantou cerca de 30% dos 500 hectares disponíveis para a safra de soja nas suas propriedades na região de Maringá.
Ele espera colher 60 sacas por hectare e está confiante: “A expectativa é boa, o clima está começando bem. Boas chuvas são ideais para o plantio”.
Avalia, porém, que a expectativa de preço não é tão boa para esta safra, “o mercado está com uma produção alta e a cotação do dólar está baixa, e tudo isso influência no preço”. diz ele.
O produtor também está preocupado com a buva, mas considera que é possível realizar o controle, apesar de encarecer o custeio: “A erva é de difícil controle. Dá um pouco mais de custo, tem que aplicar uma diversidade maior de herbicidas, mas é possível ter o controle”.
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