Alguns produtores já começaram a plantar, mas Regional da Agricultura orienta aguardar

  • Apesar de existir uma certa angústia por parte dos agricultores para dar início ao plantio da safra de verão 2017/18, as chuvas desta noite (29), de cerca de 19 mm até as 8 horas – medição da Estação Climatológica da UEM -, ainda não são suficientes para colocar as máquinas no campo.

    A opinião é do chefe do Núcleo Regional de Maringá da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Romoaldo Carlos Faccin. Ele lembra que a seca durou mais de 30 dias e sugere que os produtores aguardem até segunda-feira, pois há previsão de mais chuva.

    “O ideal é aguardar a chuva de segunda-feira. A permissão de plantio vai até 15 de novembro”, lembra Faccin. Apesar do risco de germinação irregular por falta de umidade, alguns agricultores já estão plantando.

    Alguns municípios da região do Vale do Ivaí já começaram o plantio, “mas não chega a 1% do total. Floresta e Ivatuba sempre têm o hábito de começar antes, para conseguir tirar a soja e plantar o milho dentro da época”, afirma ele.

    Produção menor que na safra anterior

    A previsão para este ano no Paraná, é que a safra de soja seja maior, mas tenha uma produção menor.  Faccin acredita que ” dificilmente vai se conseguir uma produtividade igual a do ano passado, por causa dos fenômenos climáticos previstos, o La Niña e Veranico”.

    O La Ninã, segundo ele, causa seca e falta de chuvas no centro sul do Brasil, o que significa prejuízo na saca de verão do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

    O veranico também resulta na falta de chuvas em dezembro e janeiro. Neste período a soja está em processo de florescimento e não pode faltar umidade – a presença de chuvas estáveis a cada dez dias é essencial.

    O impacto na produção – observa Faccin – vai depender da intensidade desses fenômenos climáticos.

    Área com soja permanece a mesma

    A região de Maringá deve manter a mesma área de plantio da safra passada, diferente do Estado que deve ampliar cerca de 3%.

    No ano passado a região de Maringá cultivou soja em 270 mil hectares e produziu 971 mil toneladas. A previsão para este ano é que sejam plantados 271 mil hectares e produzidas 921 mil toneladas.

    Faccin observa que “o estado vai plantar a menor área de milho no verão, na história do Paraná”, principalmente por causa do preço. Na safra passada foram plantados 513 mil hectares e a estimativa para este ano é de 343 mil hectares.

    A região de Maringá, no ano passado produziu 974 hectares de milho e este ano a expectativa é de apenas 800 hectares. “Até regiões tradicionais no plantio de milho, como Guarapuava, vão reduzir a área”, afirma.

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