Maringaense busca imóvel residencial, em local seguro, de até R$ 300 mil e com área de lazer

  • Cerca de 11 mil imóveis residenciais serão comercializados em Maringá nos próximos doze meses. E a maioria dos maringaenses quer um imóvel com preço máximo de até R$ 300 mil e com área de lazer.

    Estes são alguns dos apontamentos da pesquisa “Demanda e oferta imobiliária de Maringá”, realizada pela Brain Consultoria, de Curitiba, em parceria com o Sebrae/PR, Sinduscon Noroeste do Paraná e Unicesumar.

    De 400 pessoas ouvidas na cidade no mês de agosto, 13% disseram ter intenção de adquirir um imóvel e que já começaram a procurar. Outros 41% afirmam ter a intenção, mas ainda não foram atrás de um bom negócio.

    “Com a recuperação da economia, acreditamos que parte dos 41% acaba migrando para o grupo dos que têm intenção de compra”, afirmou o diretor da Brain Consultoria, Marcos Cahtalian, que apresentou o resultado do trabalho nesta quinta-feira (28/9).

    Entre aqueles com intenção de compra de um imóvel, 87% querem residencial. E deste público, 30% está mesmo interessado em investir para tentar ganhar dinheiro com locação.

    Entre os preços que as pessoas estão dispostas a pagar, a preferência recai sobre a faixa de R$ 200 mil a R$ 300 mil reais (31%). Outros 13% se propõem a paga entre R$ 151 mil e R$ 200 mil reais e 12% procuram negócios com ofertas entre R$ 121 mil e R$ 150 mil.

    A preferência dos entrevistados é pela compra de um imóvel pronto e novo, 55%; 24% dizem que pode ser na planta ou em construção e 21% que pode ser pronto e usado.

    A configuração do imóvel desejado é de 3 dormitórios, dois banheiros e duas vagas na garagem. Os principais bairros de preferência, pela ordem, são Zona 7, Centro, Jardim Alvorada, Jardim Paris, Vila Operária, Jardim Itália, Zona 02, Zona 08 e Mandacaru.

    Entre os itens de área de lazer do imóvel que entram na lista de preferências, por ordem, estão churrasqueira externa, piscina, sacada com churrasqueira, salão de festas, espaço gourmet, academia, playground, quadra poliesportiva, espaço pet, salão de jogos e jardim.

    O público pesquisado tem a idade média de 40 anos, cerca de 70% das pessoas ouvidas são casadas ou em união estável, 38% são assalariados e cerca de 38% são empresários ou comerciantes.

    Em relação ao perfil atual do imóvel, 76% dos entrevistados moram em casa ou sobrado e 19% em apartamento. Destes, 64% são proprietários dos imóveis onde moram; 25% dos imóveis são alugados e 3% foram cedidos. A maioria (67%) possui três dormitórios e quase 50% têm dois banheiros.

    Mercado se mostra aquecido na cidade

    Entre os entrevistados, 12% declararam ter feito compra de imóvel nos últimos 12 meses. De acordo com Cahtalian, esta média é muito maior do que a de outras cidades brasileiras (de 6 a 7%). As principais compras foram de imóvel residencial (92%) e comercial (4%).

    Dos compradores, cerca de 48% adquiriram imóvel de rua; 30% compraram apartamento; 11% terreno em loteamento aberto; 4% terreno em condomínio; 4% casa na beira de rio e 2% casa em condomínio fechado.

    Cahtalian explicou que há uma lacuna de casas e sobrados feitos por incorporadores, ou seja, não há oferta destes bens de acordo com a demanda, o que pode significar uma oportunidade de mercado.

    Outro ponto em que Maringá é diferente de outros municípios brasileiros é a motivação da compra do imóvel. Cerca de 42% das pessoas que adquiriram um bem, o fizeram como investimento.

    Em geral, a primeira razão da compra é para o primeiro imóvel, o que em Maringá aparece em segundo lugar com 35%. Outras 23% decidiram fazer um upgrade, ou seja, adquirir um imóvel melhor ou maior. Neste ponto, Maringá está dentro da média nacional, que gira entre 20% e 25%.

    Para Cahtalian, uma razão para a aquisição de imóveis para investimento pode ser a presença em Maringá de clientes com capital e que, em função da crise e da diminuição dos preços, podem ter visto no imóvel uma boa opção de investimento.

    Segurança e localização na preferência

    Três itens estão praticamente empatados quando as pessoas respondem sobre o que valorizam no momento da escolha do local para aquisição de imóvel: a segurança da região, localização e condições de pagamento. Em seguida, bem abaixo, vem o acabamento, o número de quartos e metragem, entre outros.

    Um dado que chamou a atenção do consultor é que cerca de 20% das pessoas que moram próximas à catedral, vivem sozinhas. Outro percentual interessante e que pode gerar demanda, segundo ele, é que, em um raio de 2 quilômetros da catedral, 41% das famílias alugam imóvel e, no raio de quatro quilômetros, este número é de 38%.

    Hoje, só 23% dos imóveis residenciais da cidade estão prontos. É um dado baixo, de acordo com Cahtalian. Em Curitiba, o percentual é de 48% e a média nas regiões que a Brain analisa é 33%. “Acabem as obras que vocês vendem. Imóvel pronto não está parando na prateleira. A maior leitura que tenho é que o setor está perdendo mercado, deixando de vender”, alerta o consultor.

    Cahtalian acredita que outro bom mercado é o de empreendimentos comerciais. A pesquisa detectou que existem cinco empreendimentos à venda. “Maringá é uma cidade de serviços, precisa de escritórios. Várias cidades do Brasil estão fazendo empreendimentos por setor, como aqueles voltados para médicos, por exemplo. Não faz sentido uma cidade deste tamanho ter um mercado tão frágil”, sintetizou. (Com informações da RG Comunicação)

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