A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve novo aumento no Paraná este mês. Com 96,4 pontos em setembro, houve aumento de 2,5% na comparação com agosto e recuperação de 8,9% com relação ao mesmo mês de 2016.
No Brasil, houve queda. O indicador nacional está em 76,8 pontos, caindo 0,7% em relação ao mês passado. Porém, na variação anual a média cresceu 6,4%.
Esta é a maior intenção de consumo no Paraná desde julho de 2015, puxada principalmente pela melhora nas perspectivas nas famílias com renda superior a dez salários mínimos.
Para essa camada da população paranaense, o ICF chegou a 101 pontos, ante 95,4 pontos das famílias com rendimentos até dez salários mínimos.
Apesar da melhora da ICF, o índice ainda não atingiu a pontuação ideal, acima de 100 pontos, limitados a 200 pontos, sendo somente assim considerada positiva. Apenas nas classes com renda acima de dez salários mínimos o consumo saiu do vermelho.
O recuo da inflação, a queda dos juros e a criação de novos postos de trabalho formal e a liberação das contas inativas do FGTS formam um conjunto de fatores que indica a retomada do consumo das famílias., movimento que vai aquecer o comércio e o setor de serviços.
O indicador é elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
Consumo e renda
A Perspectiva de consumo, principal componente avaliado pela pesquisa, vem apresentando altas expressivas desde setembro de 2016, com elevação de 41,2% na variação anual.
Na comparação com agosto a diferença é positiva em 10,2%. Os dados nacionais mostram alta de 19,5% com relação a 2016 e queda de 0,2% comparada ao mês anterior.
O Nível de consumo atual também mostrou melhora, tanto na variação mensal (5,9%) quanto na variação anual (23,2%).
A opinião dos consumidores sobre se este é um bom momento para compra de bens duráveis cresceu 3% neste mês, mas na comparação com setembro de 2016, caiu 7,3%.
Mercado de trabalho
Os dados referentes ao mercado de trabalho não tiveram grande variação mensal. A avaliação sobre o Emprego atual teve leve queda de 0,7% sobre agosto e a Perspectiva profissional manteve-se no mesmo patamar (0,1%).
Já na variação anual esses componentes mostraram elevação de 7,1% para o Emprego atual e de 3,8% na Perspectiva profissional.
Outro componente da ICF, a Renda atual obteve alta de 1,6% de agosto para setembro e de 1,3% na comparação com setembro do ano passado.
O Acesso ao crédito cresceu 2,1% em setembro sobre agosto e subiu 8,6% na variação anual.
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