Por Clóvis Augusto Melo
Foi na sexta-feira (21), isto é, há duas semanas, que aconteceu a audiência pública da Maringá Previdência. Nela, o prefeito Silvio Barros lançou alguns conceitos “estranhos” sobre investimentos da autarquia, relacionando os recursos de mais de R$ 1 bilhão com possível aumento da tarifa do transporte coletivo, dificuldade em resolver os problemas de buracos nas vias de Maringá etc.
Cadê?
Pois bem, ainda não está na página da internet da Maringá Previdência a ata da audiência pública. Pela demora, começa-se a suspeitar que nunca estará. A conferir.
Precisa?
Olha que verbo interessante é o “precisar”. Pode tratar de uma necessidade, bem como da ação de tornar algo mais detalhado. No caso de atas, ambas as possibilidades são fundamentais.
Precisa ter ata e a ata deve ser precisa.
No caso, a ata dessa audiência pública é importantíssima, principalmente pelo conteúdo das falas de Silvio e das réplicas recebidas – sim, houve descontentamento verbalizado na reunião.
Doutrina
Artigo de Evanna Soares explora o tema das audiências públicas e das ações requeridas em cada fase. Escreve ela: “Tem, assim, o responsável pela realização da audiência pública, duas obrigações, nessa fase: primeiramente, dar forma ao resultado através de relatório do que se desenvolveu na audiência, especialmente opiniões e debates necessários à formulação de uma conclusão, ainda que incompleta.”
Alguém discorda?
Nota rápida
Por outro lado, para livrar a administração de uma fake news (que, diga-se de passagem, sequer foi tratada nessa coluna tão obvia que era a ilegalidade da suposta fala), a administração foi rápida. Uma nota desmentindo certos comentários e áudios de whats relacionados à audiência saiu com agilidade na página da autarquia.
Mas, enquanto não houver uma ata que detalhe exatamente o que foi falado naquela reunião, temos apenas uma meia-verdade.
E só uma verdade inteira liberta.
Mudança
Já que “Maringá merece mais”, sugere-se ao diretor-presidente da autarquia, Edinho Palliari (que é servidor público) que mude os horários dessas audiências e outras reuniões de interesse do funcionalismo municipal e aposentados.
Marcar reuniões às 14 horas de um dia útil não privilegia a participação de boa parte dos interessados e pode dar margem a comentários desabonadores.
Digo isso porque recebi várias mensagens de servidores criticando a data e o horário da audiência pública, pela impossibilidade de participação.
Fica a dica, como dizem por aí.
OPINIÃO – Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Maringá Post.
Comentários estão fechados.