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Ex-participante do The Voice Brasil, Carol Naemi fala sobre competição e convite para gravar com Ivete Sangalo

Os cabelos coloridos podem esconder um pouco da timidez, mas é no palco, em contato com a música, que ela se solta

  • Os cabelos coloridos podem esconder um pouco da timidez, mas é no palco, em contato com a música, que ela se solta e se deixa levar pela melodia das letras. Seu olhar não é intimidador, pelo contrário, ela não olha nos olhos ao conversar e parece sempre estar em busca das respostas. “Uma grande cantora”, foi assim que Ivete Sangalo a descreveu e chegou a convidá-la para gravar uma música juntas.

    Nascida no Japão e maringaense desde os 9 anos, Carol Naemi, a cantora dos cabelos verdes, representou Maringá no The Voice Brasil 2019. Estudante do curso de Canto Lírico na Universidade Estadual de Maringá (UEM), ela encantou os técnicos nas audições às cegas, passou pelas batalhas e venceu a prova de fogo da competição.

    Carol Naemi conta que todas as fases do programa foram difíceis, mas que quanto mais perto da final, mais a competição se tornava acirrada. Na penúltima apresentação ela lembra que se apresentou com uma música alegre, “All Night Long“, de Lionel Richie, algo que não estava acostumada. A canção foi sugerida pela técnica, Ivete Sangalo, que gosta muito da música.

    Mesmo sem se recuperar da apresentação, ela subiu ao palco pela última vez com “Erva Venenosa“, era a primeira vez que cantava em português na competição. Ela não seguiu no reality, mas a despedida foi marcada por elogios e um convite especial. Ivete Sangalo convidou Carol para gravar uma música com ela. Até agora as duas não combinaram, mas a maringaense diz acreditar que a parceria vai sair.

    “Acredito que vai ser real, inclusive o pessoal de dentro da Globo me falou que ela faz mesmo as coisas que promete. Também foi um convite, até o momento que ela me convidou, inédito, ela nunca tinha chamado ninguém para gravar com ela, só para ir no show, o que não é pouca coisa”, afirma Carol Naemi.

    O palco do The Voice pode ser considerado moleza perto das batalhas que Carol travou para vencer a pressão interna durante a competição.

    “Tenho confiança na minha voz, mas ao mesmo tempo um perfeccionismo muito grande. É uma pressão interna, a questão da minha imagem e de como eu me portaria falando e me comunicando com as pessoas. Eu não imagina que era tão difícil, e esse é um desafio, ser colocado em uma situação que você tem que ser você e ponto, se não nem dá certo”.

    Apostando em um personalidade própria, ela conseguiu encontrar e reforçar a identidade artística em relação a si mesma e a um estilo musical durante a competição. “Estava muito em dúvida se ia seguir o que estou estudando, que é o canto lírico, ou se ia cantar pop mesmo. Mas me identifiquei com jazz, é um soul mais que fica um jazz/funky”.

    Uma das principais referências musicais dela é Stevie Wonder e como um parceiro de competição já havia alertado, depois de Stevie Wonder ninguém é a mesma pessoa. Durante o programa, Carol também conheceu a outra representante de Maringá de cabelo colorido, Mobi Colombo. Após o The Voice, as duas não tem se encontrado com frequência, mas já há um convite para Carol cantar uma música com Mobi em um próximo show.

    A primeira experiência profissional de Carol com a música foi aos 16 anos. Durante o ensino médio, ela começou a fazer parte do Grupo Celebrate, em Maringá, e se apresentava em eventos junto com o coral. Foi com o dinheiro que recebia das apresentações que conseguiu pagar aulas de teoria musical e se preparar para o vestibular da UEM. No entanto, ela descobriu a paixão pela música ainda criança.

    “Desde que era pequena, eu sentia uma coisa diferente com a música, mesmo que eu não soubesse exatamente que eu gostava de cantar. Com 7 anos falei: “nossa, gosto muito de cantar mesmo”. Depois disso, quis aprender um instrumento e não tive oportunidade, mas tinha meu instrumento, a voz, e sozinha fui desenvolvendo ela de alguma forma. Só aos 13 anos, meus tios avós me colocaram em aula de canto”, lembra Carol.

    Para Carol Naemi, o The Voice é apenas o começo de um longo caminho. Após a competição, ela começou a dar aulas de canto e está disponível para shows, mas pretende investir em apresentações relacionadas à identidade musical dela. “Estou aprimorando minha parte de eventos e quero ter mais músicas gravadas. Estou tentando fazer parcerias com amigos compositores e tenho letras escritas que estou tentando musicar”.

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