A Grande Final do Slam Pé Vermelho vai ser realizada no domingo (20/10) no espaço da Coletiva Mostra Multicultural, na Zona 7, com início às 15h.
Durante as batalhas de poesia ao longo de 2019, oito poetas foram selecionados para participar da grande final. Os participantes conquistaram as vagas ao vencer as edições mensais do Slam Pé Vermelho.
O campeonato tem três rodadas em que os poetas são avaliados por um júri popular. Escolhido entre os membros da plateia, o júri atribui notas de 0 a 10, com base no poema e na performance. Por fim, o grande vencedor da final ganha o título de poeta Pé Vermelho de 2019 e um troféu exclusivo.
Além disso, os três primeiros colocados do campeonato ganham vaga para disputar o Slam Paraná, onde tem chances de ser o representante do Paraná no Slam Brasil, etapa nacional do concurso.
Concorrendo a uma das três vagas para o Slam PR, Maria Eduarda da Costa, mais conhecida como Madu, escreve desde os 9 anos de idade.
Segundo ela a escrita veio como uma forma de desabafo. “Entrei em depressão e comecei a escrever. Depois comecei a estudar mais a respeito de poesia e passei a declamar este ano em um sarau do projeto conecta rua.”
Questionada pelo tema das poesias, Madu diz “querer provocar o poder”. “Evito muito dizer sobre mim e coisas que sinto nas minhas poesias. Não quero ser o foco das atenções, por isso uso minhas letras para levar o foco aos problemas causados pelos seres humanos que não pensam em seus atos.”
Madu carrega um histórico de vitórias com o coletivo Slam. “Minha primeira participação no foi em junho. Meus amigos sempre ouviram minhas poesias e me incentivaram a participar. Fui campeã na batalha de junho e na edição do Slam das mina, que aconteceu no dia do meu aniversário.”
Conhecida popularmente como Drika, Adriana Souza, 24 anos, foi a vencedora do Slam Pé Vermelho do mês de abril. Formada em filosofia, a autora conta que vê a poesia que produz como “arma de luta contra a alienação”.
“Meus escritos vão sempre no caminho da radicalidade do pensamento por meio de uma estética radical, fazendo arte revolucionária de esquerda. Procuro usar meus poemas como algo que faça os meus interlocutores questionarem padrões da sociedade estabelecida.”
Pensando sobre os temas que produz, Drika conta que busca a linha de mulher feminista periférica, relatando as próprias vivências mas também incorporando conceitos filosóficos para deixar claro ao público o que ela quer dizer.
O Slam é realizado pelo Coletivo Pé Vermelho, composto por poetas, produtores culturais e artistas. No campeonato de poesia falada os poetas apresentam textos autorais de até três minutos, sem acompanhamento musical e uso de adereços.
Não existe estilos ou temas pré-selecionados como requisito para participar do campeonato que apoia a diversidade de pensamentos. Sobre as outras ações do coletivo na cidade, a integrante do Coletivo Érica Paiva Rosa explica que “o coletivo realiza atividades ligadas à literatura, com dois saraus Pé Vermelho, sendo que um deles fez parte da programação da Virada Cultural de Maringá”.
As batalhas mensais do Slam Pé Vermelho aconteceram no terceiro domingo de cada mês no Centro de Convivência Renato Celidônio, a Praça da Prefeitura. Sobre a escolha do local, Érica explica que “a praça é um local próximo ao terminal de ônibus, o que facilita o acesso de pessoas de diferentes regiões de Maringá, assim como das cidades metropolitanas”.
Segundo a integrante, a escolha também faz parte da ideia de humanizar o espaço público ‘enrijecido’ pela rotina. “É comum que as pessoas que estão passando pelo local parem pra ouvir os poetas e, por vezes, fiquem ali acompanhando o evento”.
SERVIÇO:
- Realização: Coletivo Pé Vermelho
- Apoio: Secretaria Municipal de Cultura de Maringá/ MACUCO – Maringá Cultural Cooperativismo
- Evento gratuito, aberto ao público em geral.
- Data: 20 de outubro de 2019.
- Local: Coletiva Mostra Multicultural (Rua Padre Vieira, 443, zona 7)
- Horário: 15h.
- Mais informações no Facebook, Instagram ou pelo e-mail [email protected]
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