As lentes da câmera do estudante de economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e fotojornalista, Breno Thomé Ortega, 24 anos, registraram em fotos e vídeo detalhes da tragédia de Brumadinho.
Ao receber a notícia sobre o rompimento da Barragem da Vale, em Brumadinho (MG), que destruiu várias comunidades, matou cerca de 300 pessoas e também o Rio Paraobepa, o estudante decidiu registrar de perto.
Foram sete dias em que o cheiro da morte, espalhado pelo mar de lama, esteve presente na vida deste acadêmico, que deixou as férias de lado para ajudar, com seu trabalho, a população local.
O sofrimento e a dor também dos animais não passaram despercebidos pelas lentes do profissional, que conseguiu eternizar, em imagens, a catástrofe e a solidariedade das pessoas.
O resultado do trabalho vai ser apresentado em breve. Breno Thomé Ortega vai lançar no dia 13 de setembro, no Espaço Coletiva Mostra Cultural de Maringá, um videodocumentário intitulado “Vale uma Aldeia?”.
Ortega apresenta, de maneira expositiva, o impacto do crime ambiental registrado em Brumadinho. Ele também deu ênfase aos indígenas da tribo Pataxó, bastante atingidos, mas que não receberam o devido destaque da mídia e nem a ajuda das autoridades competentes.
No documentário, ele narra, de maneira objetiva, os fatos, com recursos argumentativos, na visão de quem perdeu sua única fonte de sobrevivência: o rio.
Breno Thomé Ortega também prepara uma exposição com as principais fotos que documentam a identidade do povo Pataxó e o impacto sobre seu modo de vida.
A renda obtida com a venda das fotos e a exibição do filme vai ser revertida à Aldeia Pataxó.
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