Nesta sexta-feira (2/8) tem apresentação da Trupe Benkady, de São Paulo, no Teatro Reviver em Maringá. A apresentação do espetáculo “Nimba” parte da sexta etapa do ProjecT.aTo – a dança como ato, projeto viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti, da Secretaria Municipal de Cultura.
A Trupe Benkady é um grupo de pesquisa em dança e ritmos de matriz africana, em especial a cultura Mandingue, principalmente das etnias Malinké, Soussou e Baga, povos da Guiné Conacri, país ao oeste da África.
Fundado e coordenado pela dançarina e coreógrafa Flavia Mazal, pesquisadora desta cultura que, através de estudo aprofundado, coreografou releituras das danças tradicionais dos balés da Guiné Conacri.
O grupo iniciou sua trajetória em 2010, realizando intervenções artísticas e apresentações em espaços públicos como praças, avenidas, universidades, calçadões e centros comunitários da cidade de São Paulo.
Em 2013, por meio de um edital de intercâmbio cultural, Flávia foi a Guiné Conacri participar de um estágio de aperfeiçoamento técnico em dança com os mestres Moustapha Bangoura e Youssouf Kombassa, referências mundiais do balé africano. Nasceu, então, o primeiro espetáculo do grupo, chamado “Diálogos Ancestrais”.
No início de 2017, Flávia novamente se encontrou com seu mestre Youssouf Kombassa, em uma nova imersão em dança e cultura africana na Colômbia, promovida pelo Stage Camp África Raices. Graças a essas vivências com os mestres e o processo desenvolvido com dançarinos em formação surgiu, em 2017, o espetáculo “Nimba”, uma homenagem ao espírito feminino existente em todos os seres.
“Independente do gênero, toda pessoa traz em si energias masculinas e femininas, que tem a potencialidade de gerar, criar, acolher, nutrir, impulsionar, estimular e transmutar. A Nimba é um ser misterioso que pertence ao mundo da fantasia, originária entre os povos Baga que vivem na Guiné, nas partes mais ocidentais do continente africano, empregada em cerimônias da dança da colheita do arroz, executadas a fim procurar a fertilidade dos campos. Supõe-se que Nimba representa uma divindade de abundância e fertilidade”, explica Flávia Mazal.
Utilizando dos elementos e simbologias femininas da natureza, em diálogo com a dança africana, o espetáculo busca gerar a reflexão desta essência maternal existente em cada um de nós, que vai para além de ser mulher, no sentido do sexo e das características físicas, e que tem o poder de se manifestar no tempo e espaço que quiser.
Serviço
- Espetáculo “Nimba”
- [Sexta-feira 2 de agosto
- 20h no Teatro Reviver
- Entrada gratuita – os ingressos são retirados com uma hora de antecedência na portaria do teatro.
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