Quem disse que não tem praia perto de Maringá? Quem quer fugir do calor sem enfrentar mais de 500 km de viagem pode aproveitar as prainhas do Rio Paraná. Com água doce, oferecem cenários paradisíacos a menos de 200 km.
A temporada de verão começou e o rio oferece várias atrações para quem quer se refrescar, saborear peixes, acampar e passear de lancha. A pesca está fechada por causa da piracema, mesmo assim, os portos da região esperam muita gente.
Porto Rico, que fica a 173 km de Maringá, é uma cidade de 3 mil habitantes que chega a receber 20 mil turistas nas épocas mais movimentadas como Carnaval e Ano Novo. Para atrair os visitantes, a cidade terá shows de graça nesse restinho de 2018.
No sábado (29/12) se apresenta no palco montado ao lado da orla o cantor Vitor Maia e no domingo o show será comandado pela banda Almir Cordeiro, sempre a partir das 23h.
Para a virada de ano, no dia 31/12, está programada uma queima de fogos e show com a banda Zíngaro.
“No Natal nosso movimento é menor, porque é uma data mais reservada para a família, mas a partir do Ano Novo até o Carnaval a expectativa é de receber muitos turistas”, diz Antônio Marcos Justino, dono da Titanic Passeios, que costuma fazer o traslado de banhistas até a principal prainha de Porto Rico.
Na cidade de Porto Rico, os turistas podem aproveitar a orla do Rio Paraná que tem restaurantes, lanchonetes, bares, além de pontos que valem uma foto como o monumento aos navegantes ou o píer. O calçadão cheio de mesinhas reúne muita gente o dia todo durante o verão. Os religiosos ainda podem visitar as capelas de São Benedito e de Nossa Senhora dos Navegantes.
Quem quer mesmo aproveitar o sol e se refrescar nas águas do rio costuma ir à prainha de Santa Rosa. A maior e mais visitada das prainhas do Rio Paraná costuma ficar lotada.
Os turistas chegam de lanchas que ficam atracadas às margens ou podem pagar R$ 15 por pessoa para fazer o trajeto de ida e volta. São três empresas de transporte náutico que atendem na principal rampa de Porto Rico.
Muitos visitantes vão equipados com barracas, churrasqueiras e até som. Mas para quem não tem nada disso, é possível locar esses equipamentos ou comer em uma das lanchonetes da prainha. Jogos de mesa e cadeiras saem em média por R$ 40 enquanto barracas ou guarda-sol custam até R$ 70. As lanchonetes servem pastéis, espetinhos, porções e até marmitas para matar a fome dos turistas.
Ainda na prainha é possível curtir a água com um pouco mais de adrenalina. Os passeios de Banana Boat ou Big Flyer custam R$ 20 por pessoa e podem ser aproveitados por quem tem mais de 15 anos.
Porto Rico oferece outras prainhas menos conhecidas e menos movimentadas, que costumam ser visitadas mais por quem tem lanchas próprias.
O “Toninho”, como é conhecido, da Titanic Passeios, diz que às vezes recebe pedidos para levar banhistas até a Praia da Carioca, mas ressalta que para ir até lá é necessário levar tudo o que for necessário para passar o dia. “Já aviso que lá é deserto”, diz.
Além da Titanic Passeios, outras duas empresas, a Cooperbarcos e a Sonho Real, operam em Porto Rico. Além de levar os visitantes para a prainha, promovem passeios para outras belezas do Rio Paraná como os encontros com os rios Bahia e Paranapanema, passando por ilhas da região. Os passeios, que duram cerca de duas horas, devem ser agendados com antecedência e custam R$ 50 por pessoa para grupos de no mínimo dez turistas.
Para o Ano Novo, não há mais vagas nas pousadas e hotéis de Porto Rico. Para os outros fins de semana do verão, as opções de hospedagem variam de R$ 90 a R$ 350 para um quarto destinado a duas pessoas.
Em feriados, como do Ano Novo ou Carnaval, os valores podem subir e chegar a R$ 700. A locação de casas também é comum e nesse casos os valores por dia podem variar muito. Em média, a locação fica entre R$ 200 e R$ 600 o dia.
Para quem gosta de mergulhar, a empresa Pro Diver oferece cursos para quem nunca mergulhou e saídas para quem já é credenciado como mergulhador. O instrutor Fábio Sant’Ana explica que os mergulhos em rio são diferentes daqueles feitos no mar e exigem mais cuidados com segurança. “Os pontos de mergulho em rio variam de 6 a 18 metros de profundidade e é necessário se deslocar bastante para chegar a esses locais”, afirma.
Mesmo assim, a Pro Diver oferece mergulhos para leigos em grupos de no mínimo dez pessoas. O passeio dura cerca de quatro horas, incluindo tempo de instrução e deslocamento. O valor para cada pessoa é de R$ 215 e cada mergulhador de “primeira viagem” vai acompanhado de um instrutor. Fábio diz que esse serviço não é tão comum porque é difícil fechar os grupos mínimos.
Informações turísticas sobre Porto Rico, como lista de hotéis e pousadas, restaurantes e atrações estão disponíveis no site visiteportorico.com.br. A página é administrada pelo Conselho de Desenvolvimento Turístico e Econômico da cidade (CDTEP) e disponibiliza informações também pelas redes sociais como Facebook e Instagram.
Prainhas do Rio Paraná em Porto São José
O Porto São José, que é distrito de São Pedro do Paraná e fica a 160 km de Maringá, é outro destino que há um mês já não tem vagas nas pousadas. Para os próximos fins de semana do verão, o valor de um quarto pode custar de R$ 70 até R$ 230, dependendo da quantidade de pessoas. Também há a opção de aluguel de casas e os preços variam conforme o que é oferecido como piscina e ar-condicionado.
Menos badalado que Porto Rico, Porto São José é uma opção para quem prefere tranquilidade. No pequeno distrito, é possível aproveitar as águas mornas e limpas do Rio Paraná tanto na prainha da barranca, que reúne muitos turistas, como nas outras prainhas da região, onde é preciso pagar R$ 15 pela ida e volta de barco para uma das ilhas.
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