O jogador profissional de poker, Wender Cezar Oliveira, que vive em Maringá desde 2004, venceu o torneio Finale, no Uruguai, e levou para casa o prêmio principal, de US$ 40 mil – o equivalente a R$ 130 mil.
Oliveira estava no Uruguai para participar do Main Event do Latin American Poker Championship (LAPC) e aproveitou para participar de torneiros secundários e foi em um desses, cuja inscrição custava US$ 220, que o jogador faturou os US$ 40 mil.
Depois de ficar em 140º lugar no evento principal, no sábado (3/3), e não se classificar para a fase seguinte, resolveu participar de dois torneios secundários simultaneamente. O High Roller e o Finale, que começavam ao meio dia do domingo (4/3), em Punta del Este.
“Tive que jogar os dois torneios ao mesmo tempo, o que não é fácil porque tem que ir alternando as mesas. Mas do High Roller caí cedo e pude me dedicar ao Finale”, contou nesta quinta-feira (8/3), por telefone, durante uma parada do ônibus que o trazia de São Paulo para Maringá.
Entre altos e baixos, o Finale só terminou às 4h20 da madrugada, com vitória do maringaense. Wender Oliveira disse que foi corrido e que precisou pegar um táxi até Montevidéu (145 km de Punta del Este), onde pegaria o voo de retorno para o Brasil, às 6h30.
Oliveira fatura em média R$ 19 mil mensais com poker
Oliveira teve o primeiro contato com o poker em 2010, entre amigos da faculdade, quando cursava Ciência da Computação na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Logo depois, trancou a matrícula e passou em um concurso para a Caixa Econômica Federal, mas decidiu não trabalhar. Entre outros motivos, também por causa do poker.
Em 2012 ele se tornou jogador profissional e desde então participa de torneios tanto online quanto ao vivo. Disse que joga, em média, quatro dias por semana, sendo que chega a ficar jogando até 14 horas seguidas.
“A maioria dos torneios é online e costumo jogar em 6 a 8 telas simultaneamente. Isso dá cerca de 60 torneios por dia. Já ao vivo a frequência é menor, participo de aproximadamente cinco torneios mensais.”, disse.
Oliveira fatura em média, US$ 6 mil (R$ 19.560) mensais com torneios de poker. Além disso, ele também dá aulas para sobre o jogo de cartas para alguns alunos que também desejam se tornar profissionais.
O prêmio de maior valor que ele conquistou na carreira foi em 2015, também no Uruguai. Oliveira ficou em sexto na Gran Final Milionária, faturando o prêmio de US$ 105 mil – aproximadamente R$ 340 mil.
Conheça as casas de poker em Maringá
Fundado em abril de 2014 e localizado na Avenida Bento Munhoz da Rocha Netto, 257, o Full House Club é frequentado por Oliveira. Chega a reunir até 400 jogadores, entre profissionais e recreativos em torneios do próprio clube.
O clube nasceu após churrascos, nos quais um grupo de amigos costumavam se reunir e brincar de poker, em casa mesmo. Depois de um tempo, cada vez mais pessoas começaram a frequentar esses churrascos, chegando a ter 60 pessoas em uma noite.
Como o local não comportava tantos jogadores, os fundadores resolveram criar o clube. Há torneios regulares todos os dias. Uma vez por mês, costumam realizar eventos de uma semana, com prêmios que chegam a R$ 100 mil.
Para participar, basta ser maior de idade e fazer o cadastro no próprio local. A taxa de inscrição vai da isenção a R$ 100, dependendo do torneio.
Além disso, o clube também participa de competições como o Circuito Paranaense de Poker (CPP). Com seis etapas no ano, Maringá foi selecionada para sediar a etapa final, em novembro. O prêmio é de R$ 300 mil.
Profissionais de ponta e recreativos na mesma mesa
Nesses campeonatos, tanto jogadores recreativos como profissionais podem participar. “O legal do poker é justamente isso, você pode jogar nos campeonatos grandes, lado a lado com o Neymar do poker mesmo não sendo profissional”, disse um dos responsáveis pelo Full House, Alexandre Matsumoto.
A Liga Máxima de Poker é outro clube de Maringá. Também foi criado a partir de um jogo em casa, entre amigos. Nasceu em 2010 com o nome Liga Maringaense de Texas Hold’em. Em 2013, foi inaugurada a nova sede na Rua Estados Unidos, 1.387, saída para Sarandi, com o nome atual, Liga Máxima.
Aproximadamente 60 jogadores recreativos frequentam o clube. O esquema para participar é o mesmo da Full House, com cadastramento na hora. A entrada varia de R$ 25 a R$ 50 por noite, podendo chegar a R$ 100 em eventos maiores.
Quanto as premiações, variam de R$ 1 mil à R$ 100 mil. A casa abre diariamente a partir das 19h.
Comentários estão fechados.