Cake designer mais famosa de Maringá, Paula Mello vai à polícia registrar queixa contra uso de imagem

  • A cake designer mais famosa de Maringá, Paula Mello, na última quarta-feira (29/11) deu um tempo às massas de pão de ló, recheios e papel de arroz para dar um pulinho na 9ª SDP, onde registrou um Boletim de Ocorrência contra uma página no Facebook que está usando sua imagem para vender um amontoado de apostilas, com as quais, promete o comercial, o comprador passará a ganhar R$ 3 mil por mês fazendo bolos e doces.

    Também teve o cuidado de fazer uma ata notarial para mover um processo de uso indevido de imagem, afinal, não foi fácil para a professora que ensinava os alunos dos colégios Regina Mundi, Marista e Santo Inácio a extrair raiz quadrada se tornar uma confeiteira conhecida e reconhecida em todo o país. A formação matemática, na UEM, talvez a tenha inspirado a dar precisões às formas que imprime nos seus bolos.

    Enquanto a polícia e a advogada da cake designer se preocupam em desvendar quem são e punir os malandros que tentam ganhar dinheiro com imagem alheia, Paula Mello se ocupa e se diverte em ensinar o que sabe a quem deseja aprender a arte da confeitaria.

    Seja em aulas presenciais pelo Brasil afora – no fim de semana estará em Pirenópolis, interior de Goiás -, seja por meio do seu canal no YouTube, que tem 210 mil seguidores e 20 milhões de visualizações.

    Aliás, as redes sociais são uma espécie de extensão da cozinha da maringaense de 36 anos, mãe do Gustavo (8) e da Laura (6). Paula Mello tem 381 mil seguidores no seu perfil pessoal no Faceboock e outros 300 mil na página Confeiteiros do Brasil. Ela já teve um programa na TV Record e agora negocia com uma emissora da cidade um novo espaço para passar adiante suas dicas de doce sabor.

    Quem a conheceu do reality show Batalha dos Confeiteiros, na Record, ou pela oportunidade de apresentar seu trabalho ao badalado confeiteiro norte-americano Buddy Valastro, talvez não acredite que Paula Mello passou a se dedicar aos bolos e doces, de forma profissional, há menos de 4 anos. Antes, fazia um bolinho para uma vizinha aqui e uma amiga ali, que não cansavam de lhe sugerir a entrada no negócio de cabeça.

    Um dos bolos feitos por Paula Mello com papel de arroz em formato de cesta / Divulgação

    Foi o que fez. Depois de consolidar sua marca no espaço físico Paula Mello Cake Designer – Avenida Prudente de Moraes, 784 -, por meio de bolos personalizados, nos quais utiliza o papel de arroz para “fazer milagres”, a maringaense de nascença abriu uma loja virtual. Seu último lançamento, papel de arroz em formas, vendeu 100 mil unidades em menos de dois meses.

    Contou, em uma rápida ‘conta de padeiro’ formado em matemática, que já deve ter feito cerca de 12 mil bolos, com seis ou sete recheios, os tradicionais. “O segredo é o sabor do recheio se sobrepor ao da massa, que nem deve ser sentida, sempre pão de ló, fofinha”, sem contar a personalização: “Se você gosta de churrasco, faço um em forma de churrasco”, brincou.

    Enquanto conversava por telefone com o Maringá Post, cantos de trinca-ferros criados pelo pai de Paula Mello faziam a sonoplastia de fundo. Até ela ter que sair para buscar as crianças na escola: “Hoje é o último dia de aula e tem festa”, disse. “Vai ter bolo?”. “Não”. “É, casa de ferreiro, espeto de pau, né?”. Risos.

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