Uma característica que distingue os jogos eletrônicos de qualquer outro tipo de entretenimento é a sua interatividade. Enquanto filmes, álbuns de música e peças teatrais existem para consumo inerte, videogames são construídos a partir da experiência que cada indivíduo tem com determinado título.
Não é nem mesmo necessário que o jogo tenha caminhos distintos: um exato mesmo gameplay em uma campanha proporciona sentimentos diferentes, dependendo de cada jogador. Em um título de horror, a interação pode assustar um jogador X, mas ser somente um passatempo leve ao jogador Y.
Naturalmente, alguns jogos executam as possibilidades de interação melhor do que outros, levando em conta os mais variados propósitos aos quais os videogames podem cumprir. E é exatamente sobre isso que vamos falar nos parágrafos abaixo: como os jogos online modernos exploram os seus pilares?
Os jogos eletrônicos e as atividades esportivas fora dos meios digitais
Assim como outras atividades “de fora” da internet, as atividades esportivas também têm espaço cativo no meio online. Isso pode ser observado em várias frentes, dentre as quais destacamos os jogos eletrônicos que simulam esportes como o futebol e as plataformas para as apostas esportivas online.
O último espaço tem alguns destaques, como as apostas de basquete, onde jogadores analisam dados relacionados a partidas, times e atletas, sempre com responsabilidade. Esse tipo de interação em jogos se vale de uma atividade que já existia antes, mas foi transportada para os novos espaços digitais.
Já no caso das simulações, isso surge como uma oportunidade de colocar jogadores na pele de atletas e até administradores de times. É claro que a tarefa dos videogames não vai ser a mesma que aquela realizada fisicamente, mas pode servir como uma porta de entrada ou alternativa para interessados.
Os jogos eletrônicos no espaço da educação
Outro espaço dos jogos eletrônicos onde a interatividade pode ser aproveitada é na educação. Aqui nós não falamos apenas de conceitos como a “gamificação” do aprendizado, mas de desenvolver títulos específicos sobre assuntos educativos, sem perder a característica principal de entretenimento.
O uso de videogames nas escolas já está presente em instituições privadas e públicas, em diferentes níveis. A ideia é usar algo próximo aos alunos (no caso, os jogos eletrônicos) para ensinar. Matérias como a matemática, biologia e história fazem uso bastante proveitoso desse tipo de mídia interativa.
Mesmo títulos mainstream e não desenvolvidos com foco educativo podem servir a um propósito similar, como é o caso da franquia “Assassin’s Creed“, a qual coloca seus títulos em épocas históricas, com a presença de figuras conhecidas. Em todos os casos, há excelência na interatividade dos games.
O poder de decisão em games como forma de entretenimento
Por último, e definitivamente não menos importante, devemos trazer a interação dos videogames no seu propósito mais comum: diversão. Isso é visto desde o primeiro título lançado na década de 1950, mas a maneira como a interatividade é proporcionada mudou e evoluiu durante cada época.
Existem inclusive jogos voltados exclusivamente à tomada de decisão, como é o caso daqueles do gênero “visual novel”. Aqui falamos de títulos quase indistinguíveis de livros digitais, onde o principal elemento é a história. O diferencial? Os jogadores podem definir os rumos que um enredo irá tomar.
Tecnologias como as inteligências artificiais têm o potencial de elevar ainda mais o aspecto interativo dos games, garantindo que usuários vivam experiências imersivas mesmo offline. Com isso, as vantagens percebidas quando os jogos são online também aparecem ao jogar sem uma conexão ativa.
Tudo o que foi elencado até aqui são apenas algumas das possibilidades. Para além das grandes empresas que publicam jogos, desenvolvedores independentes (conhecidos no meio gamer como “indies”) estão sempre buscando novas e desafiadoras maneiras de integrar gameplay com interação.
Seja com intenções educadoras, como entretenimento ou pura arte, uma coisa é certa: nós ainda não exploramos todo o potencial de interatividade dos jogos eletrônicos, em especial os online. A partir de conexões cada vez melhores e mais estáveis, a inovação depende apenas de ideias fora da caixa.
Foto de Deeana Arts por Pexels
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