A influência da internet na acessibilidade e variedade de opções de entretenimento

Se antes dependíamos dos gigantes midiáticos, seja os televisivos ou da indústria dos games, para nos divertir, hoje basta pegar o celular e acessar um site. Essa mudança de cenário, claro, teve impactos.

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    Se antes dependíamos dos gigantes midiáticos, seja os televisivos ou da indústria dos games, para nos divertir, hoje basta pegar o celular e acessar um site. Essa mudança de cenário, claro, teve impactos.

    As opções de entretenimento de, digamos, 20 anos atrás, são completamente diferentes daquelas de hoje em dia. É claro que os videogames e até mesmo a internet já existiam no começo do milênio, mas sua difusão entre a população brasileira no geral não chega nem perto do cenário “mainstream” atual.

    Os jogos eletrônicos têm protagonismo, mas não são os únicos que merecem destaque. A abundância de plataformas de streaming colocou a TV à cabo numa posição secundária desfavorável, permitindo que os internautas acessem filmes e séries a qualquer momento, sem depender de uma programação.

    O mesmo vale para aqueles entretenimentos que já existiam offline, mas que ganharam nova vida no meio online, como é o caso das apostas esportivas e dos jogos de cassino. A partir de tudo isso, é certo dizer que as opções de entretenimento se multiplicaram, mas esse fenômeno é positivo ou negativo?

    O entretenimento online nos primórdios da internet

    Mesmo durante os primeiros anos de internet, quando a velocidade da conexão dos brasileiros ainda não era das melhores, nós já víamos o aumento das opções de entretenimento, em especial nas mídias híbridas. Séries como “Lost” utilizavam a internet para complementar a experiência do show na tevê.

    A leitura, muitas vezes “esnobada” quando falamos sobre entretenimento, foi uma das primeiras a se beneficiar dos novos espaços, considerando que textos não pedem muita conexão para serem vistos. Atualmente, qualquer grande título literário é lançado com opções físicas e para a leitura eletrônica.

    Tudo isso nos ajuda a perceber que a influência da internet na acessibilidade ao entretenimento não é estática, mudando com o passar do tempo. Isso ocorre por influência de tecnologias nas indústrias ou mesmo por mudanças sociais, como no caso dos jogos digitais, sobre os quais vamos falar abaixo.

    O que chama a atenção no entretenimento online atual?

    Com relação ao entretenimento online atual, podemos dividi-lo em dois espaços principais: os jogos eletrônicos e as plataformas de streaming. Essas não são as únicas opções, é claro, mas são de longe as que mais movem a indústria. Dentro da primeira categoria destacam-se os títulos de cassino online.

    Aviator é um bom exemplo, sendo um jogo em que o jogador aposta um valor X e deve decidir quando parar. Conforme o tempo avança, os ganhos aumentam, mas há a chance de perder. Para jogar Aviator em Moçambique, basta que os internautas acessem sua plataforma, o que o torna bastante acessível.

    Com relação às plataformas de streaming, falamos de espaços como Netflix, Max, Star+ e outros. Nelas os internautas encontram uma biblioteca enorme de títulos dos mais diferentes gêneros, entre mídias clássicas e novas produções, feitas exclusivamente para os espaços online, outro chamariz da internet.

    A acessibilidade além do simples acesso à internet

    Até aqui nós trabalhamos a acessibilidade de maneira geral, considerando o contato do público com entretenimentos digitais, mas existe um espaço pouco explorado: a acessibilidade de pessoas com deficiência (PcD), as quais possuem limitações físicas para aproveitar certos entretenimentos offline.

    Uma pessoa cadeirante, por exemplo, pode encontrar dificuldades ao se deslocar ao cinema, mas há a possibilidade de assistir a um mesmo título numa plataforma de streaming. Isso sem falar em opções de acessibilidade digital, como legendas para surdos e recursos para pessoas com deficiências visuais.

    Aliado a isso, existe também um aspecto pouco mencionado da acessibilidade, que é a pirataria. Para parte dos internautas, o simples acesso à internet não basta, já que o entretenimento em si custa dinheiro. Nesses casos, abre-se discussões sobre a pirataria como democratização da cultura e da arte.

    As tecnologias relacionadas às indústrias de entretenimento e mídias híbridas, como os óculos VR e as ferramentas de criação com IA, ainda não são acessíveis para grande parte das pessoas, mas é certo que o aumento do seu alcance vai ter impacto similar ao que observamos no passado. Resta aguardar o que vem aí!

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