Empresas dos EUA pressionam Justiça contra tarifaço de Trump

Tribunal de Apelações dos EUA analisa ações que pedem a revogação de medidas econômicas adotadas pelo ex-presidente; decisão pode afetar acordos com o Brasil.

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    Empresas e líderes estaduais dos Estados Unidos voltam ao Judiciário para tentar derrubar as tarifas impostas por Donald Trump durante sua gestão. O caso será analisado nesta quinta-feira (31) pelo Tribunal de Apelações do Circuito Federal, em Washington, D.C.

    A medida questiona a legalidade das tarifas comerciais adotadas contra diversos parceiros internacionais, incluindo o Brasil. Os grupos argumentam que as políticas causam prejuízos econômicos aos importadores norte-americanos e colocam o próprio governo sob risco jurídico.

    Em maio, o Tribunal de Comércio Internacional considerou que a maioria das tarifas implementadas por Trump eram ilegais. Apesar disso, o governo recorreu, alegando que uma revogação abrupta poderia gerar instabilidade nas negociações comerciais.

    De acordo com o jornal The New York Times, o aumento de custos internos levou empresas de diversos setores — como fabricantes de autopeças e brinquedos — a processar o governo norte-americano. O caso pode avançar até a Suprema Corte e provocar uma disputa judicial com desdobramentos prolongados.

    Se houver revogação, tanto as tarifas quanto parte dos acordos comerciais firmados por Trump podem ser afetados.

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    Enquanto isso, novas medidas seguem em vigor. Na quarta-feira (30), Trump assinou uma ordem executiva que eleva para 50% a tarifa sobre produtos brasileiros. A medida entra em vigor em 6 de agosto.

    A decisão ocorre um dia após os EUA aplicarem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky — que permite penalidades contra autoridades envolvidas em violações de direitos humanos.

    A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) criticou a medida e alertou para impactos econômicos negativos nas relações bilaterais.

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