Tendência nas redes sociais, confira o aumento de buscas no Google por “Studio Ghibli”

Criação de imagens via inteligência artificial no estilo do estúdio japonês impulsionou as procuras na internet.

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    Com paletas suaves, linhas delicadas e um clima encantado, as animações do Studio Ghibli conquistaram uma legião de fãs ao longo das últimas décadas. Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki, o estúdio japonês se consolidou com títulos como A Viagem de Chihiro e O Menino e a Garça.

    Agora, esse estilo único voltou ao centro das atenções, graças a uma tendência nas redes sociais que viralizou ao transformar fotos em ilustrações no visual típico das produções Ghibli. O motor por trás da nova onda? A inteligência artificial (IA).

    A popularização do recurso de geração de imagens do GPT-4o, modelo mais recente da OpenAI, impulsionou a moda. Integrada à própria plataforma do ChatGPT, a ferramenta permite que o usuário envie comandos pedindo a criação e a edição de fotos no estilo das animações.

    Assim, em poucos segundos, o sistema produz ilustrações que reproduzem com precisão o universo de Miyazaki, com cenários naturais, expressões delicadas e estilo característico.

    Nesse sentido, segundo dados do Google Trends, o interesse de pesquisa pelo termo “Studio Ghibli” permaneceu estável até 26 de março deste ano, registrando valor 1 em uma escala de 0 a 100, que mede o pico relativo de popularidade de uma expressão.

    Em apenas quatro dias, no entanto, a busca atingiu seu ápice, alcançando valor 100 em 30 de março. Além disso, a agência Conversion apontou ainda que o volume médio de buscas pelo nome ao longo do mês ficou em 63 mil.

    Imagens via IA

    O uso de IA para desenvolver ou editar fotografias é parte do que se conhece como IA generativa. Esses sistemas são treinados com grandes volumes de dados e funcionam a partir de comandos detalhados, chamados de prompts. Ao descrever o que deseja, o usuário permite a transformação do texto em figuras, fornecendo resultados inéditos.

    Quando o objetivo é editar uma foto já existente, a tecnologia também consegue identificar elementos visuais para aplicar filtros, mudar estilos ou inserir e excluir objetos.

    Entre os nomes mais populares no setor, está o Midjourney, software operado via Discord, conhecido por criar fotos realistas e também surreais a partir de comandos. Já o Copilot Designer, da Microsoft, usa o modelo DALL-E 3, da OpenAI, para gerar imagens com estilos variados e também oferece recursos de edição gratuitos.

    A proposta é semelhante à do CanvaAI, que busca complementar as produções do aplicativo com composições nos estilos 3D, neon, lápis de cor e outros.

    Ademais, a iStock, plataforma ligada ao Getty Images, também aderiu a essa tecnologia. Voltada para fins comerciais, permite tanto o desenvolvimento de novas fotos a partir de descrições textuais quanto a modificação daquelas já disponíveis no catálogo da Getty.

    Além das plataformas da web, o avanço da IA também chegou aos dispositivos móveis. Desse modo, grandes fabricantes de celulares estão incorporando funcionalidades baseadas nessa ferramenta diretamente em seus aparelhos.

    É o caso da Galaxy AI, presente em modelos como o Samsung Galaxy S23 e o mais recente S24. Nesse sentido, inclui funções que vão desde a produção e modificação de imagens até comandos por voz e apoio em tarefas do cotidiano.

    A Motorola, por sua vez, vem adotando o Gemini, do Google, em alguns de seus modelos. Já a Apple lançou o Apple Intelligence, sistema que combina recursos como criação de imagens, tradução de textos e busca de documentos, integrado à Siri e com suporte ao ChatGPT. O recurso está disponível no Brasil apenas para modelos mais recentes do iPhone.

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