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Um levantamento recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou um aumento surpreendente no número de processos por erro médico no Brasil ao longo do último ano. Foram registradas mais de 74 mil ações judiciais somente em 2024, representando um crescimento de 506% em comparação ao ano anterior.
Esses dados acendem um alerta sobre a qualidade dos serviços médicos oferecidos no país, além de destacarem a necessidade urgente de revisão nos procedimentos adotados por profissionais e instituições de saúde.
Qualidade dos serviços médicos em discussão
Segundo especialistas, o aumento expressivo dos processos reflete uma maior conscientização dos brasileiros sobre seus direitos e também uma possível deterioração na qualidade do atendimento prestado. Além disso, demonstra que muitos pacientes têm buscado amparo na justiça para reparar danos que consideram terem sido causados por falhas em diagnósticos ou tratamentos.
A preocupação com erros médicos não se limita ao Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% dos pacientes hospitalizados em todo o mundo sofrem algum tipo de dano em razão de falhas ou procedimentos inadequados no atendimento médico. Esses incidentes não só afetam diretamente a saúde física, mas também geram consequências psicológicas e econômicas profundas para as vítimas e suas famílias.
Tipos comuns de erros médicos
Segundo especialistas, os principais erros médicos identificados nos processos judiciais são classificados em três categorias principais:
Negligência: ocorre quando profissionais da saúde deixam de adotar procedimentos obrigatórios ou essenciais, ignorando sinais claros que indicam problemas graves no paciente.
Imprudência: caracteriza-se pela ação precipitada, quando profissionais realizam intervenções sem o devido cuidado ou avaliação dos riscos envolvidos, causando danos adicionais.
Imperícia: é resultado da falta de habilidade técnica ou conhecimento específico adequado, levando a erros graves em procedimentos médicos ou diagnósticos incorretos.
A alta de casos observada no último ano reforça a importância de investimentos em formação contínua, maior supervisão das instituições médicas e uma comunicação transparente entre profissionais da saúde e pacientes.
Especialistas afirmam que muitas das ocorrências poderiam ser evitadas com protocolos claros e treinamento contínuo dos profissionais envolvidos.
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