Por Agência Brasil
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento oficial nesta segunda-feira (12), solicitando que fabricantes de vacinas contra a mpox submetam pedidos para análise de uso emergencial. Este processo visa agilizar a disponibilidade de vacinas não licenciadas, mas necessárias para situações de emergência em saúde pública.
A recomendação da OMS é baseada em uma abordagem de risco-benefício e requer que os fabricantes apresentem dados comprovando a segurança, eficácia e qualidade das vacinas para as populações-alvo. A concessão de autorização para uso emergencial pretende acelerar o acesso às vacinas, especialmente em países de baixa renda e para organizações como a Aliança para Vacinas (Gavi) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que poderão adquirir e distribuir as doses.
Atualmente, existem duas vacinas recomendadas pela OMS para o combate à mpox, conforme o Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage). Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou um comitê de emergência para avaliar o surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional do vírus, devido ao aumento dos casos e a uma mutação que facilita a transmissão de pessoa para pessoa.
A mpox é uma doença zoonótica viral transmitida por contato com animais infectados, pessoas ou materiais contaminados, apresentando sintomas como erupções cutâneas, febre e fraqueza. A doença pode ser fatal se não tratada, com alta taxa de mortalidade na República Democrática do Congo. Apesar de a OMS ter declarado em maio de 2023 que a mpox não era mais uma emergência em saúde pública de importância internacional, Tedros ressaltou que a doença ainda representa desafios significativos para a saúde pública.
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