Escolas de samba se despedem da carnavalesca Rosa Magalhães

A morte foi confirmada pela escola de samba Império Serrano, com a qual Rosa conquistou um título em 1982.

  • Por Agência Brasil

    Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    Escolas de samba e personalidades do carnaval prestam homenagens à renomada carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu na noite dessa quinta-feira (25) no Rio de Janeiro, aos 77 anos. A morte foi confirmada pela escola de samba Império Serrano, com a qual Rosa conquistou um título em 1982. Ela sofreu um infarto em casa.

    A Império Serrano expressou sua tristeza e gratidão pelo impacto de Rosa no carnaval. O velório será realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, das 12h às 16h, e o sepultamento será restrito a familiares e amigos no cemitério São João Batista, às 16h30.

    Com mais de 50 anos dedicados à arte, Rosa Magalhães deixou um legado marcante. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) destacou sua contribuição histórica para o carnaval. Entre seus muitos títulos, Rosa é lembrada pelo famoso enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” com o Império Serrano, em 1982, e pelo bicampeonato com a Imperatriz Leopoldinense em 1994 e 1995, além do tricampeonato em 1999, 2000 e 2001.

    O último campeonato de Rosa foi em 2013 com a Unidos de Vila Isabel. A Vila Isabel e outras escolas ressaltaram sua importância na evolução do carnaval carioca e na criação de desfiles inesquecíveis.

    Rosa Magalhães foi uma das figuras mais proeminentes da Era Sambódromo, participando de sua inauguração em 1984 e contribuindo para eventos de grande destaque, como a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e a festa de encerramento das Olimpíadas de 2016, que lhe rendeu um prêmio Emmy.

    Sua influência no carnaval é amplamente reconhecida. Carnavalescos como Alexandre Louzada, Leandro Vieira e André Rodrigues destacaram o impacto duradouro de Rosa, consideram-na uma referência essencial no carnaval e celebraram seu talento e contribuição à arte.

    A trajetória de Rosa começou na escola de samba Acadêmicos do Salgueiro em 1971, onde começou a moldar seu legado, que inclui uma abordagem inovadora e marcante do carnaval. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o jornalista Fábio Fabato também elogiaram sua genialidade e contribuição à cultura brasileira.

    Deixe uma resposta

    Seu endereço de email não será publicado.