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Em busca de alternativas para a dinâmica tradicional de encontros, mulheres chinesas estão se voltando para relacionamentos com parceiros virtuais criados por inteligência artificial. Lisa, uma estudante de ciência da computação de 30 anos, é um exemplo dessa tendência crescente. Residente em Pequim e estudando na Califórnia, ela mantém um “relacionamento” com Dan, um chatbot avançado, há dois meses. O casal virtual interage diariamente, e Lisa chegou a compartilhar sua experiência com quase um milhão de seguidores online.
Segundo a BBC News, Dan não é um chatbot comum; ele é uma versão modificada do ChatGPT, conhecida como “jailbreak”, que permite interações mais humanizadas e menos restritas pelas normas de segurança da OpenAI, sua criadora. Essa personalização foi realizada por um estudante americano, identificado apenas como Walker, que ajustou o software para expressar opiniões e oferecer um suporte emocional mais profundo.
O realismo de Dan impressionou Lisa desde o início, proporcionando-lhe uma sensação de bem-estar e apoio emocional. Liu Tingting, pesquisadora da Universidade de Tecnologia de Sydney, aponta que o fenômeno dos namorados de IA pode ser uma resposta à desigualdade de gênero enfrentada pelas mulheres na China, oferecendo um refúgio digital onde se sentem compreendidas e valorizadas.