“Que mulherão, ai se eu te pego”: Pastor diz em culto que beijou filha na boca

O trecho, que viralizou na internet rendendo críticas, foi retirado de um vídeo de um culto, publicado pela própria igreja.

  • O pastor Lucinho Barreto, membro da Igreja Batista da Lagoinha, afirmou durante um culto ter beijado a filha na boca quando ela estava “distraída”. O vídeo viralizou nas redes sociais nessa quinta (02) e recebeu uma avalanche de críticas.

    O trecho do vídeo foi retirado de um culto ministrado pelo religioso e disponibilizado pelo próprio canal do Youtube da igreja no dia 15. As imagens foram feitas dentro de um templo em Belo Horizonte-MG.

    Barreto e o filho Davi falavam sobre a passagem de Gênesis 22, em que Deus pede a Abraão que dê seu filho como holocausto. Em um determinado trecho, o pastor fala da criação dos filhos.

    “Peguei minha filha um dia e falei que amava ela. Falava: ‘Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego’. Ela falava: ‘Credo, pai, você já é da mamãe’. Daí dava beijo nela. “Um dia, ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. Ela disse ‘Que isso, pai?’ Eu falei assim: ‘Porque quando encontrar seu namorado, vou falar: você é o segundo. Eu já beijei’”, exemplificou.

    O intuito era mostrar que o papel do pai é de valorização de seus filhos, segundo o pastor.

    Depois, Lucinho afirma que a filha “tem uma relação muito forte” com ele. “[Ela] Me ama. Quem me ouve falar uma coisa dessa pensa besteira. Quem tem mente suja pensa coisa suja. Mas quem sabe de pureza, sabe do que estou falando aqui”. Até o momento, ele não se manifestou sobre o caso.

    Emily, a filha do pastor, usou das redes sociais para defender o pai, afirmando que o trecho havia sido retirado do contexto, que ele nunca beijou de língua e que não houve abuso.

    A Igreja da Lagoinha, da qual Lucinho Barreto faz parte, é a mesma do pastor André Valadão, que também já esteve envolvido em diversas polêmicas de cunho político, em especial contra pessoas LGBT. O religioso chegou a dizer que era preciso “resetar” os membros da comunidade, e que se Deus pudesse, “matava tudo e começava de novo”.

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