Índices do Paraná registram um crescimento de quase 200% em casos de estelionato online

Em casos de estelionato, o aumento foi de 15,9% no estado; no Brasil, 208 pessoas são enganadas por hora por estelionatários.

  • O sonho da casa própria ou, até mesmo, a compra de imóveis para fins de investimento são desejos de muitos brasileiros, mas é essencial que o consumidor fique atento para se proteger de qualquer fraude ou golpe.

    Segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, o número de estelionatos no país mais que quadruplicou nos últimos cinco anos e, no acumulado de 2022, a média de casos foi de 208 vítimas por hora. Em um ano, foram registradas mais de um milhão de ocorrências, sendo 200 mil praticadas por meios digitais.

    Entre os casos mais frequentes desse tipo de crime estão a falsificação de documentos, a venda de propriedades feitas de forma ilegal e as propagandas enganosas. “Eles podem anunciar imóveis que não existem, que não estão disponíveis ou que não pertencem a eles. Podem, até mesmo, cobrar valores abusivos, exigir depósitos antecipados e falsificar documentos. Além disso, existem casos de invasão de propriedades desocupadas e locação sem autorização dos proprietários”, destaca Jean Michel Galiano, diretor da Apolar Imóveis.

    Ainda, segundo os dados do Anuário que revelam o comparativo mais recente entre os anos de 2021 e 2022, no Paraná, houve um aumento de 15,9% nos casos de estelionato, de 114 mil para 134 mil registros. Dentre eles, os que aconteceram de forma on-line passaram de 1,8 mil para 5,7 mil denúncias, um crescimento de cerca de 200%.

    Em destaque estão as ofertas atrativas de imóveis em plataformas de anúncios em que o falso corretor utiliza divulgações reais de imobiliárias, mas com valores mais baixos e facilidades de financiamento. Após o pagamento mínimo da taxa de reserva, o cliente descobre que se tratava de um golpe.

    “É importante buscar uma imobiliária de confiança, que preze pela gestão exclusiva do imóvel, sendo a responsável por verificar a veracidade das informações, a regularidade da documentação, a qualidade do imóvel e as condições do contrato, garantindo que o locador receba o valor acordado”, acrescenta o diretor.

    Imagem: Freepik / Foto criada por @master1305

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