Uma pesquisa publicada pela Ipsos (empresa de pesquisa de mercado) revela que o Brasil é o segundo país com mais casos de bullying virtual contra crianças. Vista a gravidade do cenário, foi sancionada no início do ano a nova lei federal n º 14. 811/24, que tipifica o bullying e o cyberbullying como crimes. Caso as condutas sejam praticadas por crianças ou adolescentes, cabe a aplicação de medidas socioeducativas descritas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Para combater essa violência, a Escola Atuação desenvolveu o projeto “Brigada Antibullying”, formado por uma comissão de estudantes, eleitos pelos próprios colegas, que traçam estratégias de combate à prática de atos violentos, intencionais e repetitivos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas.
Segundo a conselheira e psicopedagoga da Escola Atuação, Esther Cristina Pereira, quando se fala sobre bullying, é importante que o ambiente escolar se preocupe com os estudantes. “A nossa Brigada vem justamente para dar leveza a essa sociedade que é a escola. Hoje, mais do que nunca, o centro de ensino é um dos principais redutos sociais, pois a criança passa a maior parte do tempo dentro da instituição”, comenta.
Dependendo do caso, o estudante pode ter sua vida escolar e pessoal comprometida. Com a quantidade de vítimas, é essencial a mobilização dentro e fora das escolas. “A família é um dos meios mais fáceis de detectarmos o bullying, quando existe uma escuta efetiva e afetiva no ambiente familiar. Por isso a ideia do projeto é detectar de maneira rápida o que está acontecendo e gerar um espaço de acolhimento e resolução”, complementa a psicopedagoga.
Foto: Freepik
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