Foto: Agência O Globo/ Márcia Foletto/Reprodução
Por Vitor Germano
Um homem de 62 anos na Alemanha tomou 217 doses de vacinas contra COVID-19 ao longo dos últimos 29 meses — Alegando “razões pessoais”.
E surpreendeu até pesquisadores médicos quando mostrou não ter nenhum efeito colateral proveniente da imunização excessiva. Um estudo sobre o caso dele foi publicado na revista científica de medicina The Lancet.
Este é, claro, o caso de apenas uma pessoa cujos resultados não devem ser extrapolados a toda a população, mas eles conflitam com uma preocupação que os próprios pesquisadores tinham, que exposição excessiva a imunizantes poderia causar um enfraquecimento do sistema imunológico em relação a outras infecções.
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue e saliva do homem idoso entre suas 214ª e 217ª dose da vacina, e compararam as respostas das células imunes dele a uma amostra de 29 pessoas que haviam tomado a quantidade normal de três doses.
Os anticorpos dele também mostraram entre cinco e onze vezes a capacidade de neutralizar vírus de SARS-CoV-2 se comparado ao grupo de controle — Mas os pesquisadores advertem que isso é um sinal de maior quantidade de anticorpos, não de maior potência destes.
Os pesquisadores também testaram a resposta imune do sangue do paciente contra outro vírus não-relacionado, o vírus Epstein-Barr, que causa mononucleose — E relataram que a imunização excessiva contra COVID não havia piorado a imunidade dele contra este vírus diferente.
O homem disse que mesmo com todas as doses, não se lembra de ter efeitos colaterais de nenhuma dose da vacina.
Finalmente, vários testes mostraram que o senhor jamais havia sido infectado com o Coronavírus — Mas os pesquisadores apontam que isso pode ser devido a outras precauções que o idoso toma, além das 217 vacinas.
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