Após queda nos lançamentos, mercado imobiliário aposta em crescimento em 2024

A pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgada nesta segunda-feira (26), abrangeu 220 cidades, incluindo todas as capitais e as principais regiões metropolitanas do país.

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    Apesar de ter registrado uma alta de 20,7% nos lançamentos de imóveis no último trimestre de 2023, o mercado imobiliário fechou o ano com uma retração de 10,9% em relação a 2022, segundo dados da Comissão da Indústria Imobiliária (CII), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgada nesta segunda-feira (26), abrangeu 220 cidades, incluindo todas as capitais e as principais regiões metropolitanas do país.

    O presidente da CBIC, Renato Correia, afirmou que o mercado está em estabilidade, com tendência de crescimento, e projetou um aumento de 5% a 10% no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e de até 5% no mercado para todos os tipos de imóveis em 2024. Ele destacou a importância dos indicadores de taxa de juros, inflação e emprego para o setor, que estão em processo de melhora. “Com esses pontos pacificados, o setor consegue manter o ritmo de crescimento e agora o cenário tende a ser mais favorável”, disse.

    As vendas de imóveis apresentaram estabilidade no quarto trimestre de 2023, com queda de 3,2% em relação ao trimestre anterior e alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo Correia, há demanda para os imóveis lançados, o que se reflete na redução do estoque, que caiu 11% em 2023. No quarto trimestre de 2023, havia 35 mil unidades a menos do que no quarto trimestre de 2022. Se mantida a média de vendas dos últimos 12 meses, a oferta final se esgotaria em 11 meses se não houver lançamentos.

    O levantamento mostrou ainda que o MCMV teve um bom desempenho no segundo semestre de 2023, com aumento de 26,5% nos lançamentos e de 4,2% nas vendas no quarto trimestre, em relação ao trimestre anterior. O programa habitacional foi responsável por 48% dos lançamentos e por 39% das vendas no período. Outro ponto positivo foi a valorização patrimonial, com o valor geral de vendas (VGV) chegando a R$ 49 bilhões no quarto trimestre de 2023, um crescimento de 21,9% em relação ao mesmo período de 2022, quando o VGV foi de R$ 40 bilhões.

    O estudo completo pode ser acessado por aqui. A coletiva está disponível aqui.

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