Foto: Ilustrativa/Pexels
Brasil registrará 7.930 novos casos em jovens até 19 anos em 2024;
Considerada a primeira causa de morte por doença em crianças (8% do total) e a segunda causa de óbito em geral, o câncer infantojuvenil responde por 7.930 novos diagnósticos a cada ano, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio 2023-2025.
O líder da especialidade de Oncopediatria da Oncoclínicas, Dr. Sidnei Epelman, explica que, comparado com casos em adultos, tumores na infância são mais agressivos e evoluem com maior velocidade. No entanto, a resposta às terapias costuma ser mais rápida, fazendo com que a maioria dos casos tenha cura, desde que haja diagnóstico precoce e a criança seja prontamente encaminhada aos cuidados de uma equipe preparada para lidar com as especificidades da doença nos mais jovens.
Entre os tipos mais comuns de tumores na faixa etária até 19 anos estão: leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. Apesar dessa classificação comum, vale lembrar que essas doenças se diferenciam dos casos em adultos, dadas as próprias características de desenvolvimento nessa fase da vida. Há ainda uma série de tumores mais raros, identificados exclusivamente nos primeiros anos da criança, como o retinoblastoma, que exigem atenção dos pais para que os sinais não passem despercebidos.
O especialista destaca que os mais jovens tendem a ter respostas mais positivas aos tratamentos. “O importante é garantir que tenham uma linha de cuidado que contempla não só esse olhar para o câncer, como também para a pluralidade de desafios que a fase de crescimento representa, garantindo a essas crianças e adolescentes as condições para se desenvolverem de forma plena em todos os sentidos”.
Ainda, o oncopediatra reforça que a jornada de combate ao câncer infantojuvenil contempla uma série de procedimentos, desde a realização de terapias em centros oncológicos dedicados ao tratamento desse tipo de tumores, a utilização de protocolos cooperativos e uma linha de cuidados e suporte. “Eles são essenciais para garantir um olhar plural para as necessidades de pacientes que estão ainda em fase de transformação e desenvolvimento, tanto físicos quanto emocionais”.
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