Por Vitor Germano
A gigante do Fast Food americana McDonald’s citou a guerra em Gaza como um dos maiores fatores na empresa ter ficado abaixo da meta de vendas trimestral pela primeira vez em quatro anos.
De acordo com o CEO da empresa, Chris Kempczinski, nessa segunda-feira, a guerra teve um efeito “desanimador” nas vendas em países do oriente médio e outras nações de maioria muçulmana como a Malásia e a Indonésia.
“Enquanto este conflito continuar, não podemos esperar qualquer melhora significativa nisso”, disse Kempczinski em uma conferência. “É uma tragédia humana, o que está acontecendo, e isso pesa sobre marcas como a nossa.”
A queda nas vendas da divisão da franquia responsável pelas regiões do Oriente Médio, China, e Índia foi de 0,7%. O declínio segue após nações muçulmanas chamarem por um boicote do McDonald’s em resposta aos franquiados israelitas da empresa oferecerem lanches de graça ao exército de Israel.
Seguindo o anúncio pelo McDonald’s de Israel, franquiados na Árabia Saudita, Oman, Kuwait, Emirados Arabes Unidos, Jordânia, Egito, Barém, e na Turquia se distanciaram das doações e coletivamente doaram milhões em auxílio humanitário aos Palestinos em Gaza.
Kempczinski disse que a guerra e “desinformações associadas” tiveram um efeito “significativo” nos negócios na região. O McDonald’s é só uma das marcas a receber boicotes devido ao que é visto como apoio a Israel.
Semana passada, a franquia de cafés Starbucks cortou sua expectativa de vendas anual, citando uma queda em vendas no Oriente Médio.
Apesar da queda em vendas em nações Muçulmanas, o McDonald’s continua forte, com um aumento global em vendas de 3,4%
“Continuamos confiantes na resiliência do nosso negócio entre os desafios que persistem em 2024” Kemczinski concluiu.
Foto: Divulgação / Pixabay
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