Em um movimento antecipado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 11,25% ao ano, marcando o menor nível desde março de 2022.
Esta decisão reflete um ciclo contínuo de cortes na taxa básica de juros, iniciado em agosto do ano passado. Com a expectativa de que a Selic atinja 9,0% ao final de 2024, conforme projeta o Boletim Focus, investidores buscam reajustar suas estratégias.
A queda na Selic tem um impacto significativo nos investimentos, especialmente em ativos de renda fixa.
Com a diminuição dos retornos oferecidos por esses ativos, especialistas apontam para a crescente atratividade dos investimentos de renda variável. Entretanto, não se pode ignorar que o Brasil ainda ostenta um dos maiores juros reais globais, mantendo a renda fixa como uma opção relevante.
Entre as alternativas mais vantajosas na renda fixa, destacam-se as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Debêntures Incentivadas. Sua isenção de Imposto de Renda as torna particularmente atrativas, superando outros títulos como o Tesouro Selic ou Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Um exemplo claro é uma LCI: rendendo 96% do CDI, supera um CDB de 115% do CDI. Ou seja, a isenção fiscal pode impactar positivamente os retornos.
Além disso, títulos prefixados e híbridos surgem como opções interessantes. Com a previsão de continuação na queda da Selic, travar uma taxa de rentabilidade mais elevada agora pode ser uma estratégia acertada. CDBs prefixados, por exemplo, apresentam rentabilidades líquidas atraentes, assim como ativos indexados à inflação.
Contudo, é crucial que os investidores mantenham em mente seus objetivos e perfil de risco ao escolher seus investimentos.
Mesmo com a tendência de queda da Selic, não é recomendável uma migração completa para títulos prefixados. A diversificação continua sendo uma chave importante na gestão de portfólios.
Para a reserva de emergência, ativos pós-fixados que oferecem segurança e liquidez diária são recomendados, mesmo que isso implique em retornos menores. Neste contexto, CDBs ou o Tesouro Selic emergem como opções superiores à poupança, especialmente em termos de rentabilidade.
Em resumo, a queda contínua da Selic abre um leque de possibilidades e desafios para os investidores. A chave para uma carteira equilibrada e rentável reside na compreensão do mercado atual e na adaptação estratégica às mudanças nas taxas de juros.
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
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