Por Vitor Germano
Italianos estão apelando para exames de DNA para enfrentar uma praga de cocô de cachorro nas ruas.
O plano é construir um banco de dados de DNAs de animais, permitindo que faxineiros e oficiais da saúde na cidade de Bolzano coletem os dejetos abandonados para serem analisados em laboratório. Uma vez localizados, os tutores dos animais podem enfrentar multas entre €50 e €500 (R$268 ~ R$2.680, aproximadamente). Similarmente, tutores de animais que recusarem a coleta de material de seus cães para o banco de dados enfrentarão multas entre €292 e €1.048 (R$1.560 ~ R$5.600 aproximadamente).
O governo provincial que preside sobre a cidade de Bolzano e cidades vizinhas, na pitoresca região dos Dolomitas italianos, está criando um banco de dados que deve vir a conter cerca de 40.000 cães. De acordo com o diretor do departamento veterinário, Paolo Zambotto, cerca de 10.000 já foram registrados.
“Bolzano recebe algumas centenas de reclamações por ano de cidadãos sobre sujeira em vias públicas. Mais da metade é sobre dejetos de cães,” disse ele à agência Reuters.
“A polícia só conseguiu multar cerca de três ou quatro tutores, porque envolvia ficar horas de vigia em regiões para pegá-los de flagrante.”
O registro de DNA se tornará compulsório ao final de Março. Tutores terão de coletar uma amostra de sangue de seus cães em canis e clínicas veterinárias sancionadas pelo município, por um custo entre €65 e €100 (R$348 ~ R$535 aprox.)
Zambotto não comentou sobre o custo estimado do projeto, mas disse que espera-se que os custos dos testes e da admnistração sejam cobertos pelas multas.
A província de Bolzano, próxima da Áustria, fala o idioma Alemão e tem muita autonomia em definir suas próprias leis. Mas Zambotto comentou que outras regiões italianas têm mantido contato, interessadas em replicar a lei.
Turistas e não-residentes estão isentos desta regulação.
Imagem: Freepik / Foto criada por @serhii_bobyk
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