Uma revolução silenciosa está acontecendo nas ruas brasileiras com a crescente dominância dos carros elétricos chineses. Segundo apuração do jornal O Globo, atualmente, 35% dos veículos elétricos importados no Brasil são de marcas chinesas, evidenciando uma tendência crescente de veículos elétricos da frota nacional.
Com preços iniciando em torno de R$ 150 mil e características como maior autonomia e avançadas tecnologias embarcadas, esses veículos estão rapidamente se tornando uma opção popular entre os consumidores brasileiros.
Expansão em 2024
No ano que vem, duas novas marcas chinesas, Omoda e Jaecoo, ambas do grupo Chery International, chegarão ao Brasil, trazendo três novos modelos para o mercado.
Essas marcas, apesar de ainda não terem revelado seus preços, prometem ser competitivas no mercado local. Com a produção nacional de marcas como GWM e BYD iniciando respectivamente em Iracemópolis (São Paulo) e Camaçari (Bahia), espera-se um impacto ainda mais significativo no mercado automotivo brasileiro.
Crescimento impressionante – De acordo com Murilo Briganti, sócio da consultoria Bright Consulting, houve um salto notável na importação de veículos chineses, de 0,4% em 2021 para uma projeção de 35% em 2023.
A Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE) confirma essa tendência, destacando a importância crescente dos veículos chineses no setor de importações.
Projeções para 2030
A Bright Consulting estima que até 2030, os veículos eletrificados (híbridos e plug-in) constituirão 10% da frota brasileira, mesmo com o aumento gradual do Imposto de Importação sobre elétricos.
Atualmente, essa porcentagem é de cerca de 0,5%. Os fabricantes chineses vão desempenhar um papel fundamental neste crescimento.
Lançamentos e investimentos futuros
A Omoda | Jaecoo anunciou a chegada do Omoda 5, um SUV com versões híbrida leve e totalmente elétrica, para o próximo ano.
Além disso, a BYD planeja lançar o Dolphin Mini com um preço em torno de R$ 100 mil, visando tornar os veículos elétricos mais acessíveis ao público brasileiro. A BYD também confirmou investimentos de R$ 3 bilhões em sua unidade na Bahia.
Inovação e adaptação – Os veículos chineses eletrificados oferecem atualmente autonomia superior a 200 km, um avanço significativo em comparação com anos anteriores. Tecnologias como telas de 12,8 polegadas e comandos de voz para aplicativos como Spotify são alguns dos recursos destacados.
Produção nacional e expansão
A Great Wall Motor (GWM) superou sua meta de vendas no Brasil em 2023 e planeja iniciar a produção local em 2024. A Seres, outra montadora chinesa, começou a vender seu SUV elétrico no Brasil, com veículos provenientes de Xangai.
A crescente presença de veículos elétricos chineses no Brasil não apenas destaca a inovação e competitividade dessas marcas, mas também sinaliza uma mudança significativa na cultura automotiva brasileira.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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