Bicicletas elétricas: estudo comprova que são elas as principais redutoras do consumo de petróleo

A queda na demanda por petróleo das bicicletas elétricas é quatro vezes maior que a queda em tal demanda associada com o carro elétrico. 

  • Por Vitor Germano

    Não é nenhum grande segredo que carros emitem gases de efeito estufa. Mas eles também são necessários. Com a ameaça da mudança climática, muitas pessoas se interessam por uma tecnologia que era prometida e imaginada desde os anos 70 e que só nestas últimas décadas começou a realmente tomar forma: O Carro Elétrico.

    No entanto, estudos científicos sugerem que quem está realmente fazendo a diferença em tirar o carbono da atmosfera não é o carro elétrico, mas sua prima de duas rodas, a bicicleta elétrica. De fato, a bicicleta elétrica tem sido associada com uma queda na demanda por petróleo que é quatro vezes maior que a queda em tal demanda associada com o carro elétrico.

    Uma das razões principais para isso é a adoção em massa desses veículos na Índia e China. Apesar do crescimento exponencial da popularidade do carro elétrico na Europa e América, ele não se compara ao efeito combinado da população massiva dos gigantes populacionais asiáticos combinada à adoção em massa de bicicletas, patinetes, e outros veículos raramente vistos no ocidente como o tuk-tuk com motores eletrificados nestas nações.

    Enquanto cerca de 20 milhões de veículos pessoais elétricos e 1,3 milhões de veículos elétricos comerciais saíram para as estradas neste ano que termina, foram mais de 280 milhões de patinetes, bicicletas, motocicletas, e triciclos elétricos que começaram a rodar neste mesmo espaço de tempo. Essa popularidade tem cortado a demanda por petróleo por um milhão de barris diários, mais ou menos 1% da demanda mundial por petróleo (parece pouco, mas não é.)

    Não só isso, mas enquanto carros elétricos são inquestionavelmente mais limpos que seus parentes movidos a combustíveis fósseis, eles ainda ocupam espaço em estradas, suas enormes baterias os tornam mais pesados que carros comuns, a produção de tais baterias requer operações de mineração em larga escala que inevitavelmente causa dano ambiental para obter quantidades massivas de lítio, e eles consomem muita energia, que nem sempre é gerada de forma limpa.

    Coisas se tornam ainda piores quando consideram-se algumas estatísticas: Carros, estatisticamente, apesar de poderem transportar cinco pessoas, costumam ter um só ocupante por vez. E embora carros sejam capazes de cobrir distância que estes meios de ‘micro transporte’ como são chamados — Estatisticamente, a jornada de carro média é menor que dez quilômetros. Confortavelmente dentro da autonomia da humilde e-Bike.

    Se fossem adotados em massa, os meios de micro transporte não apenas poupariam o planeta, mas economizariam dinheiro para seus usuários: Com uma jornada de 20 Km diários em uma e-Bike, cinco dias por semana, o custo de carga tende a ser de cerca de 20 dólares (R$98,74 com a cotação atual)… Por ano.

    Além disso, destaca-se que estes meios de transporte evitam o ‘problema do último quilômetro’ que transportes coletivos (a outra alternativa proposta para quem quer poupar dinheiro e o planeta) acarretam, isso é, a inconveniente distância entre a parada de ônibus/metrô mais próxima e o verdadeiro destino do usuário.

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