Foto: Divulgação
O Rally Cocamar de Produtividade visitou a propriedade de Claudinei Longhin, um produtor de laranja de Nova Esperança (PR), que tem 250 mil pés da fruta em diferentes idades. Claudinei começou na citricultura em 2003 e não parou de plantar novos pomares, mesmo com a ameaça do greening, uma doença sem cura que atinge os citros.
Para reduzir os custos do arrendamento de terras, Claudinei faz o consórcio de laranja com soja e mandioca nos primeiros anos, além de plantar capim braquiária nas entrelinhas. Ele colhe, em média, 800 caixas de laranja por hectare/ano, mas chega a 1.300 caixas nos pomares mais jovens, que representam cerca de 40% do total.
O greening, porém, é o grande desafio da atividade. A doença é causada por uma bactéria e transmitida pelo inseto psilídeo, que compromete a produção e leva à morte da planta. Estima-se que 30% dos pomares paranaenses já estejam infectados, o que fez com que muitos produtores abandonassem a cultura nos últimos anos. Em São Paulo, o maior produtor mundial de suco de laranja, o índice de infecção chega a 50%. A doença já devastou a produção da Flórida, nos Estados Unidos, que era a segunda maior do mundo.
Claudinei, no entanto, não desiste da citricultura e mantém um alto nível de tecnificação, seguindo a orientação técnica especializada da Cocamar. Ele faz pulverizações constantes para o controle do psilídeo e substitui as plantas doentes por novas. Segundo a coordenadora de culturas perenes da Cocamar, Amanda Caroline Zito, Claudinei é um dos produtores mais tecnificados da região e consegue integrar as culturas de laranja, soja e mandioca de maneira eficiente.
Claudinei afirma que a citricultura continua sendo um negócio interessante, desde que o produtor cuide da atividade com toda a tecnologia possível. Ele recomenda que os produtores se informem sobre o greening e façam as pulverizações no cronograma estabelecido. Ele diz que a formação de um pomar novo exige muito mais do que há alguns anos e que a doença vem se alastrando. Ele observa que os pomares jovens são mais vulneráveis e que os antigos têm uma resistência maior.
Comentários estão fechados.