Produtores de orgânicos do Paraná serão premiados por boas práticas no campo

Além de não utilizar agrotóxicos, o Prêmio Orgulho da Terra requer boas práticas sustentáveis, trabalhistas e sociais.

  • Criado para reconhecer as boas práticas no campo, o Prêmio Orgulho da Terra 2023 será entregue em 30 de novembro a 21 produtores de 17 categorias do setor agropecuário do Paraná. Uma delas é a Agroecologia, segmento em que o Estado é destaque nacional. Colhendo 50 mil toneladas por ano, o Paraná é o maior produtor de orgânicos do país, segundo os dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO) do Ministério da Agricultura e Pecuária.

    Jovana e Davi Cestille, premiados em 2022, estão entre os 3.834 produtores paranaenses na atividade, representando 16% do total de agricultores brasileiros neste segmento.

    O casal de Londrina produz verduras e legumes orgânicos que são comercializados em domicílios na cidade, entregues nas escolas e na associação dos produtores de orgânicos do município.

    “O Prêmio foi muito importante para nós. Trouxe visibilidade para nossa produção e nos ajudou a aumentar as vendas. E também acho que ele incentiva outras famílias a também produzirem de forma agroecológica”, conta Jovana, que após a premiação foi convidada para participar do 20º Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas, onde palestrou sobre sua experiência em agroecologia e segurança alimentar.

    PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS

    Para receberem a devida certificação, no entanto, os produtores de orgânicos fazem muito mais do que não usar agrotóxicos nas lavouras. “Solo, plantas, água, cada organismo da produção deve ser considerado. Têm que ser observadas questões trabalhistas, de preservação dos recursos naturais, além de não ser permitido o confinamento de animais”, explica André Luis Miguel, coordenador do programa Agroecologia do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná).

    O IDR-Paraná atua na capacitação dos produtores interessados em migrar para o sistema orgânico, cujos parâmetros da produção se relacionam com o conceito de agroecologia. Em ambos os casos, são priorizadas práticas sustentáveis em termos ecológicos e sociais.

    Além da agroecologia, a terceira edição do Prêmio Orgulho da Terra vai homenagear as seguintes categorias: aves, café, erva-mate, feijão, bovinocultura de leite, suínos, piscicultura, agricultura orgânica, agroindústria, bovinocultura de corte, inclusão social, mulheres no agro, sericicultura, soja e milho, sucessão, tecnologia e turismo rural.

    As indicações para a premiação são feitas por um grupo de técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, que avaliam os empreendimentos sob a perspectiva social, ambiental e econômica. O tema deste ano é “Desenvolver sem esgotar”.

    O Prêmio Orgulho da Terra é uma iniciativa do Grupo Ric que dá visibilidade às propriedades premiadas com uma série de reportagens feitas pelo programa RIC Rural, transmitido todos os domingos para todo o Estado.

    AEN

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