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Uma grave crise humanitária se agrava em Gaza, onde milhares de estrangeiros estão presos em meio à guerra. Segundo um alto funcionário dos EUA, o Hamas, que domina a região, impediu a saída deles e de vários palestinos feridos. Foi preciso uma intensa negociação liderada pelo embaixador David Satterfield para conseguir um acordo.
O Hamas exigiu que alguns de seus membros feridos também fossem liberados, mas isso foi rejeitado pelo Egito, pelos EUA e por Israel, que verificaram que eles eram combatentes. Depois de outra rodada de conversas, ficou acertado que apenas civis palestinos feridos poderiam sair com os estrangeiros.
Na terça-feira, foi aberta uma brecha para que os portadores de passaportes estrangeiros e um grupo de feridos graves deixassem Gaza pela fronteira de Rafah, que leva ao Egito. O primeiro grupo partiu na quarta-feira (1º).
A passagem de Rafah, porém, não estava preparada para receber um grande fluxo de civis, o que gerou mais dificuldades. O funcionário dos EUA disse que foi necessário trabalhar com os egípcios e a ONU para implementar os mecanismos. Ele também disse que o presidente Joe Biden conversou com o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no fim de semana para acertar os detalhes finais.
Além disso, o funcionário dos EUA disse que há um processo em andamento para libertar os reféns que o Hamas mantém em Gaza. Ele disse que a libertação de dois reféns no mês passado foi um teste para ver se era possível, mas que os números são muito difíceis. Ele disse que seria preciso uma pausa significativa nos confrontos para negociar a libertação de cerca de 240 reféns, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o contra-almirante Daniel Hagari.
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