Mudanças no PDV da Copel causam incertezas em meio à privatização: nem todos foram incluídos na 1a etapa

A Superintendência do Ministério do Trabalho no Paraná, sob a direção de Regina Cruz, já estava a par das problemáticas com a Copel e considera a situação grave.

  • Foto: Reprodução / Ilustrativa

    Após a decisão de abrir seu capital, a Copel – Companhia Paranaense de Energia, implementou um Programa de Demissão Voluntária (PDV), incentivando milhares de seus funcionários a aderir. No entanto, a empresa agora é alvo de críticas e denúncias, visto que muitos dos que aderiram ao programa descobriram que não serão contemplados na primeira etapa do PDV.

    De acordo com fontes internas da companhia, do total de 2.989 funcionários que optaram pelo PDV, apenas 1.437 tiveram suas adesões efetivadas. A alegação da empresa para o não atendimento integral se baseia no “limite financeiro”, apesar da própria Copel ter anunciado que desembolsaria aproximadamente R$ 610 milhões com o programa.

    O Plural, veículo de comunicação da capital, teve acesso a declarações de funcionários e representantes sindicais, demonstrando o crescente descontentamento entre os colaboradores. Alguns afirmam que a empresa garantiu o encaixe destes valores em datas futuras, porém, uma comunicação posterior anulou essa promessa. A justificativa, segundo a Copel, é novamente o “limite financeiro”.

    Esse cenário levou o Deputado Arilson Chiorato a denunciar a empresa ao Ministério do Trabalho do Paraná. Arilson apontou a postura da Copel como um exemplo das consequências negativas da privatização, destacando a falta de transparência e respeito aos direitos dos trabalhadores. “Tenho recebido inúmeras denúncias de copelianos e copelianas sobre a conduta irregular da Copel com o PDV”, afirmou o parlamentar.

    Os colaboradores da Copel, sentindo-se enganados, estão se organizando para buscar justiça. Há uma movimentação entre os funcionários para judicializar a questão, buscando amparo legal contra o que veem como uma traição da empresa.

    A Superintendência do Ministério do Trabalho no Paraná, sob a direção de Regina Cruz, já estava a par das problemáticas com a Copel e considera a situação grave. Medidas de averiguação e mediação estão sendo solicitadas pelos sindicatos, enquanto a Copel ainda deve se pronunciar sobre as recentes denúncias.

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