Foto: Adel Hana /AP / Reprodução
O Hamas é o principal grupo islâmico que atua nos territórios palestinos e que enfrenta Israel com foguetes e resistência. O grupo faz parte de uma aliança com o Irã, a Síria e o Hezbollah, que são contrários à influência dos EUA na região. O Hamas surgiu em 1987, durante a primeira revolta Palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
O grupo é considerado terrorista por Israel e por vários países, como EUA, UE e Reino Unido. O grupo não concorda com as exigências da comunidade internacional: reconhecer Israel, respeitar os acordos anteriores e cessar a violência.
Na sua carta de fundação, o Hamas declarou que a Palestina histórica, incluindo o atual Israel, é terra islâmica e que não há paz possível com o Estado judeu. Essa posição foi vista como antissemita.
Em 2017, o grupo mudou um pouco o seu discurso, dizendo que não lutava contra os judeus, mas contra “os ocupantes sionistas agressores”. Israel disse que o grupo estava “tentando enganar o mundo”. Naquele ano, o Hamas aceitou a ideia de um Estado palestino provisório em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, mas sem reconhecer Israel.
Além da luta armada, o grupo também participa da política Palestina. Em 2006, ganhou as eleições legislativas e assumiu o controle de Gaza. Em 1996, realizou vários ataques suicidas em ônibus em Israel, matando quase 60 pessoas, em vingança pela morte do seu especialista em bombas, Yahya Ayyash.
Esses ataques foram apontados como um dos fatores que levaram os israelenses a eleger Benjamin Netanyahu, um duro opositor dos Acordos de Oslo, em 1996. O conflito entre Israel e Palestina dura décadas. A sua origem moderna remonta a 1947, quando a ONU propôs a divisão da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe. Israel foi criado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território e o Hamas é um dos protagonistas dessa disputa.
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