Policial federal atingida por fuzil e granada de Roberto Jefferson busca reparação na Justiça

Ela alega que sofreu danos de vários tipos por causa do ataque do ex-deputado federal, que tentou resistir à prisão em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

  • Foto: Divulgação/SEAP / Estadão

    Karina Lino de Miranda, a agente da Polícia Federal que foi baleada por Roberto Jefferson em 2022, quer R$ 1 milhão de indenização na Justiça. Ela alega que sofreu danos de vários tipos por causa do ataque do ex-deputado federal, que tentou resistir à prisão em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. Karina foi atingida na cabeça e no quadril pelos disparos de fuzil do ex-parlamentar.

    A defesa de Karina diz que ela teve a qualidade de vida profundamente afetada e que precisa de justiça. “O requerido (Jefferson) atacou a equipe com tiros de fuzil e granadas, mesmo com policiais feridos. O cenário era de guerra”, afirma a ação. A advogada Estela Nunes, que representa Karina, diz que a policial ainda se recupera dos ferimentos físicos e emocionais. Ela perdeu sensibilidade em algumas partes do corpo e ficou com cicatrizes no rosto e no quadril.

    Outro problema foi a exposição da imagem de Karina por Roberto Jefferson. Ele gravou e divulgou nas redes sociais o momento do ataque. “A imagem dela foi muito exposta. Ela é constantemente reconhecida quando o caso volta à tona. Sendo uma agente da PF, isso não deveria acontecer. É uma fonte de ansiedade constante”, diz Estela Nunes.O caso Roberto Jefferson lançou uma granada e atirou contra os agentes da PF que foram cumprir um mandado de prisão contra ele em 2022. O mandado foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por descumprimento de medidas cautelares. Jefferson se recusava a ser preso e só se entregou depois de horas de negociação com a PF. Ele foi indiciado por quatro tentativas de homicídio – uma para cada policial que ele atacou.

    A defesa do ex-deputado ainda não se manifestou sobre a ação.

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