Foto: Reprodução / Ilustrativa
Uma pesquisa realizada pela Proteste, associação de defesa do consumidor, testou 49 marcas de queijo ralado, coalho, gorgonzola e processado e encontrou problemas de contaminação por bactérias, excesso de sódio e divergência na quantidade de gorduras saturadas.
De acordo com informações do jornal Metrópoles, a pesquisa da Proteste avaliou 18 marcas de queijo coalho, nove de gorgonzola, seis de processado e 16 de queijo ralado.
Segundo as análises laboratoriais, duas marcas de queijo coalho (Porto Alegre e SertaNorte) apresentaram quantidade da bactéria Escheria coli acima dos limites máximos permitidos pela legislação brasileira.
Essa bactéria pode causar dores abdominais e diarreias nos consumidores e é indicativa de falta de higiene na manipulação ou no armazenamento dos produtos.
Além disso, a pesquisa comparou a quantidade de sódio declarada pelos fabricantes no rótulo dos produtos com o que foi apurado nas análises.
Quatro tipos de queijo apresentaram diferença entre as informações acima do permitido pela legislação, que é de 20%. Foram eles: queijo coalho Três Marias (159% a mais), gorgonzola Cruzilia (94% a mais), queijo ralado Gran Romano (76,6% a mais) e queijo processado São Vicente (36,3% a mais).
O consumo excessivo de sódio pode aumentar o risco de doenças crônicas, como hipertensão, acidente vascular cerebral e câncer de estômago.
A pesquisa também analisou a quantidade de gorduras saturadas encontradas nos queijos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha o consumo de 22g por dia desse tipo de gordura.
No entanto, algumas marcas ultrapassaram esse valor em apenas 100g do produto. Foram elas: queijo coalho Cruzilia (20,3g), queijo ralado Crioulo e Nata de Minas (27g), queijo processado Tirolez (16,3g) e gorgonzola Regina (21g). As gorduras saturadas podem elevar o colesterol ruim (LDL) e favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
A Proteste recomenda aos consumidores que fiquem atentos aos rótulos dos produtos e evitem os queijos com alto teor de sódio e gorduras saturadas.
Além disso, a associação orienta a preferir os queijos com menos aditivos alimentares, que são substâncias usadas para conservar ou modificar as características dos alimentos.
A Proteste também informou que encaminhou os resultados da pesquisa aos órgãos competentes para que tomem as medidas cabíveis em relação às marcas reprovadas.
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